Empresas brasileiras migram para a nuvem, mas querem seus dados no País
O Brasil está bem posicionado na migração para a nuvem e mantém-se no topo do ranking na América Latina, avalia Shawn Price, vice-presidente sênior de Grupos de Nuvem e Produtos Empresariais da Oracle. No entanto, embora estejam em plena fase de adoção da cloud, as companhias aqui instaladas querem que seus dados fiquem no País e não sejam acessados a partir de outras localidades no mundo.
“É uma demanda recorrente e por isso decidimos investir em um data center no Brasil. Estamos vivendo uma tempestade perfeita que une a demanda com a necessidade de transformação”, disse o executivo que participa hoje (29/9) em São Paulo de evento realizado pela fabricante para discutir estratégias de transformação digital na América Latina.
Segundo ele, não há melhor momento do que atual para investir em cloud, uma vez que é preciso modernizar o ambiente e cortar custos, benefícios claros do modelo. Para se ter uma ideia do crescimento da adoção da nuvem, Price citou números recentes da Oracle. No segundo trimestre fiscal, 70% das implementações de ERP foram em cloud a partir de novos clientes.
Além disso, de acordo com Price, todos os dias a Oracle registra mais de 7 milhões de assinantes em seus serviços de cloud em 19 data centers, somando 33 bilhões de transações. “A nuvem é um fenômeno global, não está apenas nos Estados Unidos, está em todo lugar”, sentencia.
Quando questionado sobre a possibilidade de sistemas legados impedirem a adoção de cloud, o executivo afirmou que CIOs que estão conectados aos negócios têm o objetivo claro de transformar suas operações, mudar o status quo, e gerar valor por meio do modelo. “Esse perfil de líder de TI quer migrar, usar e ter valor, caso contrário ele não vai mais apostar na nuvem. Isso está em linha com a meta da Oracle e das unidades de negócios”, finaliza.