Em 2018, Vivo consumirá 100% de energia renovável

Contrato firmado pela operadora para obtenção de certificados de energia permite à empresa atingir, já neste ano, a meta global estipulada para 2030

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4:10 pm - 25 de outubro de 2018
Em 2018, Vivo consumirá 100% de energia renovável Em 2018, Vivo consumirá 100% de energia renovável

A Vivo, marca da Telefônica no Brasil, acaba de dar um passo importante para impulsionar a sustentabilidade em sua operação. A partir deste mês de novembro, a empresa passa a registrar 100% de seu consumo de energia elétrica proveniente de fontes renováveis, com a obtenção de energia renovável certificada. Com a iniciativa, a operação brasileira da Telefônica soma-se à da Espanha, Alemanha e Reino Unido e contribui de forma definitiva para a meta global do grupo, que é chegar a 2030 com consumo totalmente proveniente de fontes renováveis.

“Considerado o principal ofensor na geração de Gases de Efeito Estufa (GEE), o consumo de energia elétrica, agora totalmente limpa e renovável, permitirá também à Vivo uma redução de 64% nas emissões de CO2 em 2020”, revela a executiva da área de Sustentabilidade da Vivo, Joanes Ribas. A meta global da Telefônica é reduzir em 30% as emissões absolutas de CO2 até 2020 e 50% até 2030, além de cortar pela metade o consumo de energia por tráfego até 2020.

As medidas visam maior eficiência operacional, financeira e ambiental da Telefônica. “A obtenção de energia no mercado livre e a geração distribuída permitem redução de tarifas e convergem para uma operação essencialmente mais sustentável”, informa o diretor de Patrimônio da Vivo, Caio Silveira Guimarães. Em 2017, a empresa aderiu ao RE100, compromisso público firmado por 126 empresas globais de chegar a 100% de energia elétrica renovável. Para atingir este desafio, as empresas podem optar por geração própria, compra de energia renovável com fonte rastreável e compra de certificados no mercado livre. A aquisição do certificado global de RECs (Renewable Energy Certificates) é a comprovação de que a energia consumida pela empresa é originada de fontes limpas e renováveis. Cada REC equivale a 1 MWh de energia.

A Vivo também anuncia para dezembro, na área de concessão da Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG, seu primeiro passo na geração distribuída de energia, de fonte renovável. Regulamentada no Brasil em 2012 por meio da Resolução Normativa nº 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a geração distribuída de energia é aquela na qual o próprio consumidor passa a produzir a sua eletricidade. A fase 1 adotada pela Vivo, que conta com energia proveniente de CGHs (Centrais Geradoras Hidrelétricas), responderá por cerca de 5% do total de energia consumida pela empresa. Para as próximas fases, outras fontes de energia em geração distribuída estão sendo avaliadas pela operadora, como por exemplo, a energia solar.

A operação brasileira da Telefônica responde por 28% da energia utilizada pelo grupo e é considerada fundamental para o cumprimento das metas de eficiência, energia renovável e baixa emissão de carbono do grupo Telefônica. No Brasil está a maior rede de telecomunicações da empresa, com mais de 97,8 milhões de acessos no serviço fixo e móvel.

Eficiência e redução de consumo

Os desafios da operadora no campo energético contemplam também metas para aumento da eficiência e redução no consumo. A Telefônica possui mais de 20 iniciativas voltadas para redução do consumo no Brasil. Entre as medidas está o investimento na modernização da rede, com a implantação de tecnologia avançada, desligue de equipamentos obsoletos e substituição de equipamentos por ativos mais modernos, com maior capacidade de informação e igual ou menor consumo.

Outro projeto de destaque é o Free Cooling, implantado em 2017 e que consiste na adaptação do sistema de climatização das centrais telefônicas para a captação do ar, com maior aproveitamento da temperatura externa. São 91 prédios da empresa no Brasil que contam com a solução, com ganho de eficiência de aproximadamente 30% nas instalações. Em 2017, a empresa também deu início à modernização a partir da troca dos equipamentos de climatização. Estas obras permitem à empresa reduzir em 20% o consumo da central.

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