Digital: por onde começar? Fiap lista caminhos

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1:33 pm - 20 de abril de 2017

O mundo está cada vez mais rápido e diversas empresas são disruptadas pela transformação digital. Esse cenário gera uma competição sem precedentes e as companhias que mantiverem antigos modelos de atuação tendem a morrer. Mas como mudar uma organização, algumas delas centenárias, para o digital?

Pensando nessa pergunta e olhando iniciativas e sucesso no mercado, a instituição de ensino Fiap construiu um digital framework, que integra todos os caminhos necessários e itens que devem ser levados em consideração para chegar lá. “Estamos falando de mudar radicalmente a forma de fazer negócios baseado em tecnologia e competências”, alertou Guilherme Pereira, professor da Fiap, em apresentação no IT Forum, que segue até 23 de abril, na Praia do Forte (BA).

Segundo o professor, a empresa tem de pensar com base em duas frentes: o hoje, composto pelo cenário atual e proposta de valor presente; e o amanhã, que se mune de cenários futuros e proposta de valor futuro. Tudo isso molda o roadmap de transformação. “É preciso criar um farol, um guia para o futuro”, comentou.

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No detalhe, Pereira ensinou que muitas são as alavancas de transformação do modelo de negócios, incluindo elementos como sistemas de aprendizado organizacional, processos internos, cadeia de negócios, marketing e canais e supply chain. Esses, por sua vez, devem ser alimentados por espaços de experimentação e geração de aprendizado; modelos de gestão e liderança; espaços de negócios para a transformação; e engajamento, comportamento e práticas.

Parece complexo. Mas o professor contou que o pulo do gato para o sucesso da iniciativa de transformação digital é escolher bem por onde começar e depois avançar. “Empresas que foram bem-sucedidas nessa virada, adotaram essa postura”, disse.

Da teoria à prática
Como exemplo dessa estratégia, Pereira citou a Amazon. Ele lembrou que a empresa iniciou seus trabalhos vendendo livros e agora sua filosofia é “criar novas e distintas experiências de consumo que ninguém jamais pensou”, como diz o fundador da empresa, Jeff Bezzos.

As diretrizes da organização digital da Amazon, listou o professor, incluem três grandes pilares:

  1. Garantir uma experiência de consumo sem atrito
  2. Criar plataformas que, em si, sirvam para os consumidores da melhor e mais rápida forma possível
  3. Desenvolver opções de crescimento para a empresa que não dependem somente de ativos físicos

A Amazon também criou uma série de mecanismos para amplifificar seu posicionamento. Exemplos não faltam, como o Amazon Lab126, voltado para criar espaços de experimentação. Já o Alex Fund, conta com um fundo de US$ 100 milhões para o desenvolvimento de soluções e tecnologias baseados em voz. “A Amazon mostrou que não é preciso ter medo, porque isso motiva. Ela usou o medo como algo positivo”, finalizou ele.

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