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Modernização de bancos, cooperativas e varejistas são oportunidades para a Diebold Nixdorf no Brasil

A Diebold Nixdorf, empresa de soluções de hardware, software e serviços para o comércio conectado, vê a modernização do parque de dispensadores de dinheiro oportunidade de crescimento da companhia no mercado nacional. A avaliação é de Elias Rogério da Silva, presidente da companhia no Brasil, que participou de um encontro com a imprensa nesta terça-feira (06) para falar sobre o momento da empresa no país.

A operação brasileira é hoje a terceira maior em volume de negócios para a Diebold Nixdorf no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Alemanha. “É um mercado maduro”, explicou o gestor da companhia no Brasil. “Não é um mercado de crescimento, é um mercado de atualização tecnológica.”

Há, no entanto, amplas oportunidades para a empresa. A atualização do parque de caixas eletrônicos do segmento financeiro, por exemplo, é vista como um processo que se desenrolará pelos próximos três anos no país. “É uma troca do dispensador de dinheiro tradicional por caixas com depósito inteligente com reciclagem de moedas”, “Tem muito depósito que ainda é feito com envelope, mas nós dispomos de uma tecnologia que faz a leitura e validação de cédulas – e o saldo é sensibilizado na conta do cliente automaticamente.”

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A linha, apelidada de DN Series, é capaz não só de ler depósitos automaticamente e detectar notas falsas, mas “reciclar” as notas depositadas, disponibilizando-as organicamente para saque. Com a reciclagem, a máquina exige menos visitas de carros-forte para retirada ou adição de notas, o que aumenta o nível de segurança e torna a solução mais sustentável – já que depende de menos viagens de veículos para transporte de numerário para operar.  “Isso gera eficiência operacional”, disse da Silva.

O executivo estima que cerca de um quinto do parque de caixas eletrônicos do país seja da categoria “inteligente”. Destes, cerca de 80% são da Diebold Nixdorf. Do mercado total, que inclui caixas tradicionais, a companhia tem 50% de fatia de mercado.

Um segundo vetor de crescimento para a companhia é o mercado de cooperativas de crédito. Na contramão dos bancos tradicionais, que têm enxugado as estruturas de agências, as cooperativas têm expandido sua presença física. “Só como exemplo, temos um cliente do segmento de cooperativas de crédito que, só no ano passado, cresceu 47% a base”, celebrou. “Estão ocupando espaço e investindo”.

O varejo, por fim, ocupa uma terceira posição no negócio da Diebold Nixdorf, através das soluções de self-checkout da companhia. “A tecnologia está aí para dar mais vazão ao atendimento”, disse. O segmento também é estratégico para a divisão de serviços da Diebold Nixdorf, que é tida como de maior valor agregado para o negócio da companhia. Aplicações para agilizar vendas, gerenciar atividades, fazer cobranças, controlar estoques e acionar o suporte técnico fazem parte do leque da empresa para o varejo.

O futuro do dinheiro físico

Durante a conversa com a empresa, Elias também abordou o tema do futuro do dinheiro físico – e do impacto do tema nos negócios da Diebold Nixdorf. Dados do Sistema de administração do Meio Circulante (SISMECIR), do Banco Central,mostram uma redução nos últimos três anos no número total de cédulas em circulação. Eram 8,443 milhões em 2020 contra 7,504 milhões hoje.

“Uma parte das transações não relacionadas a dinheiro que o público fazia no caixa eletrônico migrou para o celular ou internet banking”, admitiu o executivo. Elias, no entanto, defende que ainda há um amplo número de pessoas no país que depende das transações em dinheiro físico, e que a realidade digitalizada de grandes centros urbanos não representa o total do Brasil.

O líder da companhia no Brasil foi questionado ainda sobre o impacto do Real Digital (Drex) nos negócios da companhia. Projeto de moeda digital do Banco Central, o Drex está em fase de testes e deve ser lançado no final de 2024. Um dos seus objetivos é reduzir a circulação de papel moeda.

Elias comparou o projeto à entrada do Pix no Brasil, que impactou algumas transações de caixa eletrônica, mas não aquelas relacionadas à moeda. O impacto do modal no negócio da companhia, no entanto, ainda é cedo para ser avaliado, argumentou. “A gente vai precisar ver como isso vai ser colocado. Se será somente entre empresas, ou pessoas físicas também. Nesse momento nós não conseguimos ter clareza”, finalizou.

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