Design Thinking aplicado à estratégia de mercado

Com alguns ajustes e considerando mindset ágil e de colaboração, artefatos podem ser adaptados para se obter qualquer tipo de resultado

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4:33 pm - 29 de outubro de 2021
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Design Thinking, uma prática muito usada em startups e outras empresas de inovação, tem se tornado uma ferramenta fundamental para grandes empresas nos últimos anos quando o assunto é estratégia de mercado, ou mesmo proposição de novas soluções para seus clientes.

Muitos pensam que o conjunto de atividades e ferramentas que compõem um workshop de Design Thinking é fixo e tem como o único objetivo criar produtos, porém, com alguns ajustes e levando em consideração todo o mindset ágil e de colaboração, os artefatos podem ser adaptados a fim de se obter qualquer tipo de resultado esperado.

Vale lembrar que existem vários frameworks que facilitam a elaboração do workshop como um todo. Tais frameworks são compostos por um conjunto de atividades com finalidades específicas. Dentre os frameworks mais conhecidos temos o da IDEO, que foi criado pelo Tim Brown – um dos precursores do Design Thinking no mundo.

Um padrão que podemos notar é que ao longo dos anos, diversas empresas, especialmente as de consultoria, tiraram suas próprias conclusões sobre o Design Thinking e adaptaram algumas das práticas existentes para outras que faziam mais sentido para o seu core business. Exemplos tais como a IBM, que lançou o Enterprise Design Thinking com foco em práticas escaláveis a fim de garantir que uma empresa de grande porte possa praticar em alto nível a inovação, e também a MJV, umas das precursoras do Design Thinking no Brasil.

Normalmente, quando ouvimos sobre estratégia de mercado, pensamos que as decisões foram tomadas por uma pessoa, ou apenas alguns executivos, baseado no entendimento que eles têm em relação ao futuro da empresa e do mercado, porém é importante que tais decisões sejam tomadas com base no conhecimento de todos aqueles que estarão envolvidos neste processo de mudança e transformação.

É aí que o Design Thinking pode ajudar um grupo grande de pessoas a pensarem de maneira centrada nos usuários ou clientes, e obter ideias e planos estratégicos mais objetivos e com resultados no curto prazo – pode-se usar o conceito de MVP (Minimum Viable Product) a fim de testar rapidamente aquele plano elaborado e ajustar à medida que os feedbacks forem coletados. Isso não só́ ajuda a integrar o comitê̂ executivo das empresas, mas também colabora para uma transformação mais ágil e adaptativa em um mercado de constantes mudanças.

O Design Thinking em si pode ser entendido por um processo faseado e que para obter o resultado desejado deve-se seguir à risca algumas fases. porém, há espaço para adaptação, e isto é uma das principais chaves para o sucesso de um workshop de Design Thinking. As atividades podem ser ajustadas ou até mesmo criadas.

Além disso, um ponto fundamental para se obter ótimos resultados é entender bem o problema a ser trabalhado, de forma prévia, pois isso servirá de base para uma análise de quais atividades podem compor a agenda do workshop e quais devem ser criadas para atingir o objetivo. O condutor do workshop (facilitador) deve ter total liberdade para criar atividades que irão, ao fim do workshop, chegar ao resultado esperado.

Um bom exemplo de agenda para um workshop de Design Thinking para estratégia é o seguinte:

  1. Entendimento de Mercado e Tecnologias
  2. Entendimento dos clientes-alvo e suas necessidades
  3. Ideação
  4. Priorização
  5. Definição de um plano de ação imediato
  6. Cadência de feedbacks rápidos e constantes

O fato é que o mercado está em constante mudança e as empresas com rápidas soluções para os problemas estão se destacando. Aquelas que eram consideradas pequenas, estão roubando grandes fatias de mercado e quando analisamos seus comportamentos, notamos que as técnicas de inovação, colaboração e agilidade são as chaves para moldar-se e adaptar-se em um mercado tão volátil. O Design Thinking está aí para apoiar as tomadas de decisões rápidas e certeiras, a fim de nos adaptar não só́ possibilitando ideias inovadoras, mas também evoluindo nosso modus operandi em termos de colaboração, agilidade e aprendizado rápido.

Para saber mais:

* Rennan Luis Lucena é líder técnico e especialista em Design Thinking e Agile da IBM Brasil

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