Cresce 81% as perdas resultantes de golpes com criptomoedas em 2021, diz estudo

Golpistas e criminosos cibernéticos baseados em criptomoeda arrecadaram US$ 7,7 bilhões em criptomoedas das vítimas em 2021

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10:00 am - 22 de dezembro de 2021
criptomoedas

Neste ano de inúmeros crimes cibernéticos ganhando a mídia, os criminosos focados em criptomoedas ganharam destaque. De acordo com estudo da Chainalysis, empresa de analytics de blockchain, os golpes foram a maior forma de crime baseado em criptomoedas por volume de transações, com mais de US $ 7,7 bilhões em criptomoedas retiradas de vítimas em todo o mundo.

O volume de transações relativas aos crimes de criptomoedas corresponde a um aumento de 81% nas perdas dos ativos em 2021, em comparação com 2020, de acordo com o relatório da Chainalysis. Cerca de US $ 1,1 bilhão dos US $ 7,7 bilhões em perdas foram atribuídos a um único esquema que supostamente tinha como alvo a Rússia e a Ucrânia.

Outra mudança que contribuiu para o aumento de 2021 na receita de golpes, segundo o relatório, foi o surgimento de “tap pulls”, um tipo de golpe relativamente novo, particularmente comum no ecossistema DeFi, no qual os desenvolvedores de um projeto de criptomoeda – normalmente um novo token – o abandonam inesperadamente, levando os fundos dos usuários com eles.

“Tap pulls são predominantes no DeFi, porque, com o conhecimento técnico correto, é barato e fácil criar novos tokens no blockchain Ethereum ou outros e listá-los em trocas descentralizadas (DEXes) sem uma auditoria de código”, alerta o estudo.

Os “tap pulls” representaram 37% de toda a receita de golpes de criptomoeda em 2021, totalizando US$ 2,8 bilhões – ante apenas 1% em 2020.

No entanto, embora a receita total com golpes tenha aumentado significativamente em 2021, ela permaneceu estável se considerado apenas os golpes de investimento. Ao mesmo tempo, porém, o número de depósitos em endereços de golpes caiu de pouco menos de 10,7 milhões para 4,1 milhões, o que pode-se supor um número menor de vítimas individuais.

Ainda de acordo com o estudo, o número de golpes financeiros ativos aumentou de 2.052, em 2020, para 3.300, enquanto sua vida útil individual diminuiu de mais de 500 dias, em 2016, para 291 dias, em 2020, e apenas 70 dias, em 2021.

“Anteriormente, esses golpes podiam continuar operando por mais tempo. À medida que os golpistas ficam sabendo dessas ações, eles podem sentir mais pressão para fechar a loja antes de chamar a atenção dos reguladores e da aplicação da lei”, disse o relatório.

Os golpes também aumentam de acordo com o aumento no valor de criptomoedas populares, como Ethereum e Bitcoin, embora esse link possa ter sido quebrado no ano passado.

“A lição mais importante é evitar novos tokens que não foram submetidos a uma auditoria de código. Auditorias de código são um processo por meio do qual uma empresa terceirizada analisa o código do contrato inteligente por trás de um novo token ou outro projeto DeFi, e confirma publicamente que as regras de governança do contrato são rígidas e não contêm mecanismos que permitiriam aos desenvolvedores fugir com os fundos dos investidores”, diz o estudo.

“Os investidores também podem querer ter cuidado com tokens que não possuem os materiais voltados ao público que se esperaria de um projeto legítimo, como um site ou white paper, bem como tokens criados por indivíduos que não usam seus nomes reais”, completa.

Com informações de ZDNet

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