COVID-19: startup migra gratuitamente pequenos negócios para e-commerce

Empresa dedica 60 horas semanais para apoiar gratuitamente empreendedores e evitar que comércios cheguem à falência

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7:56 pm - 23 de abril de 2020
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Por causa da pandemia de coronavírus, milhares de comércios no Brasil inteiro estão fechados há semanas e ainda não tem previsão de retorno às atividades normais. Por isso, para evitar que o prejuízo financeiro seja irreversível, muitos negócios estão migrando para o e-commerce.

Para ajudar especialmente micro e pequenos negócios nesta transição e, a startup Simplex está realocando o tempo ocioso de seus colaboradores para, gratuitamente, colocar empreendedores no universo do comércio eletrônico. “Nesse momento em que a pandemia tem colocado em risco milhões de empregos, queremos apoiar pequenos e micro empreendedores em seus processos de digitalização”, explica João Lee, cofundador da startup. A startup é especializada em tráfego e a conversão de vendas de e-commerces.

A empresa está dedicando uma média de 60 horas semanais de seus colaboradores para ouvir os empreendedores que a procuram, diagnosticando seus desafios de migração das operações para a internet, desenvolvendo lojas online e habilitando os empreendedores a geri-las.

Até o momento, a equipe de 10 funcionários da Simplex conseguiu apoiar 11 micro e pequenos empreendedores, criando três lojas online. “Por trás de cada pequeno empreendedor há muitos empregos em jogo. E por trás deles, muitas famílias. Esta foi a nossa forma de participar do esforço nacional para combater os terríveis impactos da pandemia na vida das pessoas”, afirma. “A ideia é que outras empresas encontrem o seu jeito de ajudar e multiplicar a solidariedade em diversas frentes da economia.”

E-commerce

Desde que estados de todo o Brasil decretaram quarentena, o comércio eletrônico tem crescido no país. Em relatório sobre o primeiro trimestre do varejo digital do Brasil, o Compre&Confie mostra que o e-commerce cresceu de forma significativa no primeiro trimestre do ano, enquanto o coronavírus se alastrava pelo mundo. O faturamento atingiu R$ 20,4 bilhões, representando uma alta de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas online apresentaram um aumento de 180% em transações nas últimas semanas.

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