Consumidores priorizarão segurança online em 2022

Pesquisa da McAfee revelou que indivíduos colocam proteção como prioridade em diversas situações

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11:06 am - 22 de fevereiro de 2022
segurança, cibersegurança, proteção Imagem: Shutterstock

A pesquisa McAfee Global Trends 2022 revelou maior risco percebido dos consumidores em relação à exposição e ameaças online para indivíduos e familiares e um desejo de investir em proteção online. A mudança de comportamento acontece conforme mais usuários mudam suas rotinas, com maior uso de internet banking, mais investimento em ativos virtuais e proliferação de atividades online.

No Brasil, a segurança parece ter um valor intrínseco. Em uma série de perguntas no formato “ou isso, ou aquilo”, os consumidores repetidamente escolheram “proteção” em vez de “conveniência”. Por exemplo, ao serem solicitados a escolher entre conectar-se com outras pessoas de qualquer lugar ou estarem sempre totalmente protegidos, a resposta foi muito favorável a uma proteção forte (65%) ao invés de uma conexão fácil (22%). O mesmo sentimento se estendeu ao trabalho, cuja resposta “reuniões de trabalho que são contínuas e sem falhas” ficou significativamente para trás, com 18%, quando comparada a “reuniões com garantia de segurança”, com 66%.

Na disputa entre a oferta de serviços bancários com taxa zero ou totalmente seguros, apenas 18% optaram por taxas zero, enquanto 69% optaram por sua segurança. Além disso, 71% dos entrevistados disseram que pagariam 10% a mais por uma compra segura, enquanto apenas 13% disseram que correriam o risco de vazar informações de contato para conseguir uma compra a um preço mais baixo.

Mais da metade (64%) dos consumidores disseram que resolveram os riscos de segurança e privacidade usando novas ferramentas em seus dispositivos, como VPN, aplicativos de antivírus, firewalls, serviços de monitoramento de crédito, entre outras.

“Quase todos os aspectos de nossas vidas agora cruzam o mundo digital. Isso exige que maiores níveis de informações sejam compartilhados com um número crescente de aplicativos e organizações por meio da Internet. A proteção dessas informações requer uma combinação de arquitetura de segurança forte de aplicativos com boa higiene do usuário, como senhas fortes e autenticação multifator”, disse Steve Grobman, vice-presidente sênior e diretor de tecnologia da McAfee.

Essa ênfase na proteção forte é particularmente aguda na área da saúde, para a qual 69% dos entrevistados optaram por manter suas informações privadas e seguras, em detrimento da utilização de novos recursos como IA.

Ainda no setor de saúde, os consumidores adotaram serviços de saúde on-line (médico, hospital, tratamentos etc.) por conveniência (42%) ou necessidade relacionada à COVID-19 (69%) e continuarão a fazê-lo dentro dos limites.

A pesquisa revelou que 34% dos entrevistados sentem que suas informações pessoais e financeiras estão particularmente em risco. No entanto, esse sentimento de risco aumentará, à medida que os consumidores participem cada vez mais do crescente mercado de fintechs, enfrentando uma nova onda de ataques que visam aos seus ativos virtuais e criptomoedas.

A necessidade de passaportes digitais de vacinação continuará, e os consumidores desejarão garantir que suas identidades sejam protegidas. Mais da metade dos entrevistados (55%) informaram aumentos nas atividades de vacinação on-line ou relacionadas à COVID-19, incluindo acesso a informações, rastreamento, prova de vacinação, área pública/trabalho em 2021. No entanto, eles também expressaram preocupação de que as atividades on-line relacionadas à COVID-19 possam causar problemas de privacidade de dados ou possível roubo de identidade.

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