Companhia japonesa quer lançar 50 satélites para fotografar o mundo todos os dias

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3:31 pm - 14 de outubro de 2016
Companhia japonesa quer lançar 50 satélites para fotografar o mundo todos os dias

Application Programming Interfaces (APIs) permitem extrair informações de uma aplicação para outro e são a espinha dorsal do software que você usa em uma base diária. Mas não há nenhuma API para dados ao vivo de satélites. E é exatamente isso que a Axelspace está tentando criar.

Segundo o site de tecnologia The Next Web, a empresa japonesa tem grandes ambições e uma delas inclui a criação de APIs que qualquer pessoa poderá usar, de forma simples, sem precisar de conhecimento técnico. Em 2008, a empresa foi fundada para dar às empresas a oportunidade de ter um satélite privado em órbita da Terra.

A companhia, então, começou a desenvolver seus microssatélites e a trabalhar em conjunto com parceiros como a Agência Espacial Russa para colocá-los no ar. Ao investir US$ 35 milhões para o desenvolvimento e mais US$ 2 milhões para lançá-lo no espaço, qualquer um pode começar seus microssatélites do tamanho de um computador de mesa, pesando cerca de 50 quilogramas.

Com dois satélites já lançados para uma empresa de clima japonesa e a Universidade de Tóquio, a Axelspace já obteve algum sucesso nessa estratégia. Por exemplo, a primeira companhia optou por monitorar icebergs no Oceano Ártico, procurando novas rotas comerciais que se abrem devido às alterações climáticas e, posteriormente, informar a indústria marítima sobre elas.

A ideia agora é, nos próximos seis anos, construir o que a fabricante chama de AxelGlobe, constelação de 50 satélites equipados com sensores de imagem que são capazes de monitorar coletivamente todos os lugares no mundo, em uma base diária.

E o mais interessante é que qualquer desenvolvedor poderá, por meio de uma assinatura, obter acesso às APIs para se conectar aos satélites e ter acesso aos dados, que podem ser usados para vários fins, como contar objetos na Terra, detectar alterações em áreas específicas e acompanhar o crescimento de plantas. Todos os 50 satélites devem entrar em órbita em 2022, mas a tarefa de selecionar lugares estará disponível em 2018.

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