Com foco em PMEs, Polycom quer massificar videocolaboração

De um lado, grandes empresas e suas enormes salas presidenciais equipadas com recursos de última geração – televisores, microfones e uma robusta tecnologia de videocolaboração para reuniões à distância. O executivo se sente como se estivesse na mesma mesa dos outros participantes da reunião, mesmo a milhares de quilômetros de distância. Em um outro cenário distante estão as empresas com menos recursos e que, quando precisam recorrer a videoconferências, utilizam a própria webcam do PC para chamadas de vídeo.

São esses dois estereótipos que a Polycom busca acabar no mundo da videocolaboração empresarial, com foco na massificação do acesso a esses recursos. Parte dessa estratégia passa pela mudança da própria imagem da Polycom perante ao mercado, em que é vista como uma empresa de ponta para tecnologias de videcolaboração, mas com projetos voltados a grandes estruturas. “A empresa é reconhecida e tem experiência no mercado enterprise. A Polycom era uma marca “pesada” e nosso foco é ser uma marca premium também dentro do mercado de PMEs, com ferramenta de baixo custo e com uma aplicação profissional e de qualidade”, afirmou Pierre Rodriguez, VP da companhia para América Latina e Caribe, durante conversa com jornalistas na sede da empresa em São Paulo (SP).

“A videocolaboração era restrita aos altos cargos de grandes empresas, depois foi se expandindo para diversas áreas, como operacional, produtos, marketing etc, e, com essa evolução, avança para PMEs”, comenta Rodriguez, indicando alguns motivos para o aumento no uso: redução de custos – uma tecnologia que antes valia US$ 20 mil hoje pode ser comprada por US$ 3 mil -, eliminação de barreiras de infraestrutura, além do crescimento da familiaridade da população em geral com recursos em vídeo, como o avanço de plataformas on-line como o YouTube.

Aposta em PMEs
O foco da empresa agora é atingir o mercado de pequenas e médias empresas (PMEs). O primeiro ponto para isso, claro, é trazer ao mercado um produto de baixo custo, mas sem deixar a qualidade de lado. Em busca disso, a companhia apresenta o RealPresence Debut, que o próprio nome mostra sua intenção. Debut, traduzido para o português, significa estreia. Ou seja, o objetivo é ser o início da jornada de novos clientes com tecnologias de videocolaboração, sobretudo pequenas empresas. A expectativa é que este mercado represente cerca de 30% dos negócios da companhia.

A solução traz a esse público capacidade de equipar as pequenas salas para que tenham uma experiência de colaboração com ótima relação custo-benefício. “O retorno é rápido e não é necessário entrar em discussões sobre CAPEX, pensando em incluir o investimento em orçamento. O investimento é baixo e o retorno muito rápido”, garante Rodriguez.

O RealPresence Debut conta com vídeo em resolução de até Full HD de até 1080p e compartilhamento de conteúdo com ou sem fio. Com recursos “all in one”, o foco é ser prático, sem necessidade de grandes esforços tecnológicos para a utilização. O produto vem em uma caixa com todos os itens necessários para instalação, como cabo de rede, cabo HDMI e fonte de energia. E a instalação, segundo a companhia, não deve durar mais do que 5 minutos.

“Antigamente demorava uma semana para instalar um equipamento como esse. Hoje é possível instalar em 5 minutos. A tecnologia precisa ser rápida e amigável – é o que buscamos”, destaca Paulo David, diretor de vendas da empresa.

A facilidade se estende à infraestrutura necessária: uma conexão de apenas 512 kb para ter uma boa experiência com todos os recursos. “Buscamos operar com qualidade e minimizando uso de banda”, afirma Rodriguez.

Investimento
Para participar da reunião nesta quarta-feira, Rodriguez viajou do Rio de Janeiro (RJ) para São Paulo (SP). Só esse trecho ida e volta, segundo o exeutivo, foi é mais caro do que o investimento mensal necessário para utilizar o Debut. É possível adquirir o produto por R$ 630 mensais ou R$ 10 mil à vista.

“Existe uma percepção de que esse tipo de tecnologia não alcança as empresas menores, e que precisam de um investimento de R$ 100 mil reais. Isso não existe mais”, complementa.

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