Como a Cisco contribui para a gestão de crise em casos de desastres usando tecnologia de ponta

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1:01 pm - 20 de julho de 2016
Como a Cisco contribui para a gestão de crise em casos de desastres usando tecnologia de ponta

Usar a tecnologia para ajudar pessoas e nações em situações de crise, como enchentes, furacões, terremotos e outros desastres naturais. Essa é a ideia Cisco Tactical Operations (TacOps), que não só reúne um time de engenheiros e profissionais de operações da fabricante para colaborar em casos do tipo, como também tecnologias de ponta que levam comunicação segura para cenários de calamidade.

Em desastres, sistemas de telecomunicações ficam congestionados ou inoperantes e o aparato tecnológico da Cisco estabelece conexões via rádio ou satélite de emergência nas primeiras horas, aumentando as chances de localização de pessoas e garantindo a comunicação entre organizações de resgate e governos.

Segundo Matt Woods, coordenador de operações táticas do TacOps, são quatro os pilares de atuação do TacOps, que nos Estados Unidos conta com um caminhão equipado com tecnologia de ponta para as atividades e fora do continente norte-americano possui estações móveis de ajuda em países como China e agora no Brasil, que será usado para segurança dos Jogos Olímpicos

A primeira área de atuação, aponta Woods, é o suporte ao resgate, promovendo implementação de redes que ajudam agências a salvar vidas e acelerar a recuperação das comunidades afetadas. O segundo é a ajuda na criação de conjuntos de soluções baseadas em rede que podem performar em caso de emergência.

O terceiro, relata, é o desenvolvimento de kits de emergência, desde veículos de comando móvel a kits de comunicação portáteis. E, por fim, promoção da coordenação de agência que salvam vidas. “Trabalhamos para promover a cooperação entre organizações privadas e públicas”, explica.

Recentemente, o time voltou do Equador, que foi atingido por um terreomoto de 7,8 magnitude. A equipe do TacOps foi responsável por promover conectividade via satélite, Wi-Fi, Switch e VoIP.

O caminhão usado nas operações tem uma antena parabólica no topo, além de  capacidade de estabelecer conectividade com e sem fio à web para cerca de 1 mil usuários. Com um link de satélite que pode atingir velocidades de cerca de 5 Mbps, ou sinal de LTE, a rede pode obter velocidades de 30-40 Mbps. 

O interior do caminhão, de um lado, conta com uma sala muito parecida com a de servidores. Do outro, uma mesa, lousa e televisão para que a equipe desenhe estratégias relacionadas ao desastre.

Rakesh Bharania, engenheiro de rede do TacOps, detalha que o caminhão demandou investimentos da ordem de US$ 1 milhão para ser desenvolvido e tem três estágios de configuração. Ele sempre está pronto para partir com dez profissionais da Cisco a postos para seguir junto com o veículo. Quando chega ao local afetado, poucos minutos são suficientes para que ele entre em operação.

Ele lembra que o time do TacOps foi formado logo após o furacão Katrina, em 2005. Na época, 200 funcionários da Cisco, incentivados pelo ex-CEO John Chambers, foram até o local ajudar os afetados pelo desastre. Depois desse episódio, além de montar uma estrutura de ajuda definitiva, a Cisco também apostou na capacitação de funcionários para lidarem em situações de crise. “Não importa quantos diplomas uma pessoa tem, se ela não estiver preparada para o contexto, vai mais atrapalhar do que ajudar”, observa.

Bharania relata que quando o time não está atuando ativamente nos desastres, trabalha forte no relacionamento com governos e outras empresas. “Precisamos ser chamados para ajudar nos desastres. Por isso, atuamos para sempre sermos lembrados”, conta.

*A jornalista viajou a Las Vegas (EUA) a convite da Cisco

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