Com o Claro Pay, inclusão financeira e conveniência cabem na mão

Desenho do banco digital nasce junto com a virada de chave da TI do modelo tradicional para o de colaboração, horizontal e por produto

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7:51 pm - 22 de abril de 2021

Há 26 anos, Cesar Augusto dos Santos, hoje CIO da Claro, ingressava no banco Safra como desenvolvedor de software. Quatro anos depois, saltou para o mundo de telecomunicações ao ir para a BCP, empresa do mesmo grupo, onde ganhou conhecimento essencial sobre o segmento em cargos de gerência.

Provavelmente, o executivo não imaginava que o destino preparava a bagagem necessária para ele conduzir o desenvolvimento do Claro Pay, lançado em novembro de 2020, com o qual foi consagrado vencedor do Prêmio Executivo de TI do Ano 2021, na categoria Transformação do Negócio.

O Claro Pay é um app com conta digital e pagamentos por celular, que além de proporcionar conveniência promove a bancarização de clientes, elimina burocracias e disponibiliza, com segurança, serviços financeiros já integrados ao Pix.

É um serviço 100% digital, segundo Santos, que elimina a necessidade de ir às agências bancárias, lotéricas ou outros estabelecimentos para pagar contas, fazer recargas do celular ou transferências. Isento de tarifas e pela simplicidade do uso, também promove inclusão financeira e digital, principalmente da população de baixa renda.

“O app começou a ser desenvolvido justo no período em que a TI passava do modelo tradicional para o de colaboração, horizontal e de produto, apoiado em metodologia ágil, fruto do programa que criamos, o Transforma TI. Consolidamos nossos sistemas de ERP, Fiscal e de RH. Tudo isso aconteceu no meu primeiro ano como CIO, em 2018”, lembra.

A TI, portanto, começava a ganhar cara nova, de olho no negócio, em busca de inovação e novos valores para atender às expectativas do mercado impulsionado pelo digital e estar em linha com um novo perfil de cliente, ávido por conveniência. Nessa jornada renovada, a TI contou com um importante aliado de negócios. Chegava para somar Maurício Santos, como diretor de Serviços Financeiros da Claro.

“Para a minha positiva surpresa, o time de tecnologia já estava trabalhando na busca de novas oportunidades de negócios com muita tecnologia, com Design Thinking e metodologia ágil. Então, desenhamos juntos o Claro Pay. A visão da TI, desde o início, em todas as fases do projeto, foi de negócios, de parceria, e não de executor”, relata o diretor.

Nova arena, novos desafios, novas conquistas

Imagine uma operadora de telecomunicações em uma arena até então inédita de atuação, tendo de alinhar aspectos regulatórios não mais com a Anatel, e sim com o

Banco Central, desbravando novos horizontes. Foi assim com Claro nessa virada de chave para o setor financeiro, com muita determinação, lembra o CIO.

O Claro Pay demandou intensa colaboração de várias áreas da TI e de negócios, como Jurídico, Segurança da Informação, Compras, Marketing, CX, TI (desde arquitetura a infraestrutura), Estratégias, Call Center e Finanças. A fase de pico chegou a envolver cerca de cem profissionais. Do nascimento da ideia até a primeira versão foram cinco meses. Um tempo curto para um desenvolvimento tão complexo, na avaliação de Santos. “Uma vitória.”

O projeto levou a Claro a um outro patamar de tecnologia. Desenvolveram um banco do zero, envolvendo muitas ações como configuração de plataforma de Banking as a Service (BaaS), CRM Salesforce para atendimento, avaliação de aspectos legais e de segurança da informação e testes de invasão de hacker, por ser um app crítico.

O resultado é que o app proporciona redução de custos de arrecadação e de comissionamento de recargas, além de atrair e reter clientes e não clientes Claro. Sua evolução contempla uma plataforma digital, com uso inteligente de dados, experiência do cliente e engajamento digital, conectando clientes às melhores soluções financeiras, apoiadas no conceito de marketplace com bancos e fintechs, criando valor para o ecossistema digital da Claro.

“Para essa evolução, a plataforma vai contar ainda com parcerias adicionais que estão sendo estabelecidas com outras instituições financeiras, seguradoras e fintechs para expandir a oferta de serviços financeiros customizados como seguros, cartão de crédito, empréstimo pessoal, financiamento, investimentos e câmbio”, adianta o CIO da Claro, com a credencial de Executivo de TI do Ano 2021, em Transformação do Negócio.

Finalistas Executivo de TI do Ano 2021 – CIO

Categoria: Transformação do negócio

Vencedor – Cesar Augusto dos Santos – CIO, Claro

Vencedor – Renato Blanco – CIO Cogna

Vencedor – Thiago Maffra – CTO, XP Inc

Finalista – Cláudio Salituro – Vice-presidente CAIXA

Finalista – Paulo Cesar Imelk – CIO Azul Seguros

 

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