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CIO da Serasa Experian conduz criação de TI Bimodal e prepara-se para futuro

Simplicidade e transparência definem o estilo de liderança de Lisias Lauretti, CIO América Latina da Serasa Experian. Vencedor do prêmio Executivo de TI do Ano na categoria Serviços Diversos (turismo, call center, comunicação, consultorias, BPO etc), Lauretti é figurinha marcada na lista, que em 2014 também o consagrou como campeão. O feito não é por acaso. Desde que chegou à empresa, em 2005, Lauretti estabeleceu um novo ritmo na área de tecnologia.

Ouvir e aprender somam-se às qualidades de Lauretti. Para ele, não há problema algum em solicitar ajuda, caso não saiba o caminho a ser seguido. No dia da entrevista para a Revista IT Forum, por exemplo, o executivo recorreu a um amigo CIO para orientá-lo sobre a melhor forma de resolver um problema. “Em dez minutos resolvi algo que demoraria semanas pelo caminho tradicional”, diz.

O trabalho da TI e do seu maestro é grandioso. Com a batuta em mãos, o executivo conduz uma equipe de 450 pessoas com base na comunicação e sempre com o cuidado de mostrar que o trabalho e o resultado são coletivos. “Procuro ser simples em tudo o que faço e valorizo a perspectiva de grupo e não individual”, assinala. O executivo conta que tem um time forte para lidar com a operação.

O grupo afinado abre caminho para Lauretti instigar, evangelizar e inspirar tanto a equipe, como o resto da empresa. “Não adianta a TI se modernizar se os demais não fizerem o mesmo. O desafio do CIO hoje, em geral, é ajudar a empresa e a área a dançar a música de forma diferente”, afirma.

O fato de transitar por diversas áreas com facilidade fez o executivo ganhar cadeira cativa no board da empresa. “Nosso CEO realiza periodicamente ‘business reviews’. Sempre participo e é muito valioso porque posso direcionar projetos, já que TI é grande provedor e viabilizador”, relata.

Foi em um desses encontros que o executivo identificou uma oportunidade. As áreas de negócios tinham projetos que precisavam ser colocados em prática muito rapidamente. Mas a TI no formato tradicional não conseguiria atender aos prazos.

Elevando a receita
Atento às novidades do mercado, o executivo tinha acabado de estudar o modelo TI Bimodal – capaz de lidar com problemas de forma ágil – e sugeriu implementá-lo na TI da Serasa. “Aprendi com meu pai, que era consultor econômico, a estar sempre em linha com as novidades. Eu gosto de dar notícias e não de recebê-las. Por isso, me preparo e busco alimentar a empresa com o que há de novo.”

Batizado de Apolo, o projeto adotou metodologia ágil para acelerar a entrega de uma iniciativa de grande retorno financeiro com alta restrição de prazo. Foi selecionado como primeiro piloto um trabalho que reunia um conjunto de implantações que elevaria o consumo dos produtos já utilizados pelos clientes e movimentaria muitas equipes na sua execução. “A atividade foi executada dentro do prazo e com qualidade, elevando a receita do trimestre”, detalha.

De acordo com o executivo, a criação de uma operação nesses moldes permitiu entregar vários pequenos projetos antes do prazo previsto e dentro dos requisitos de qualidade definidos. Com o processo tradicional, a execução consumiria o dobro ou até mesmo triplo do tempo disponível para a entrega e não atenderia ao negócio e à meta financeira.

A rápida movimentação da equipe para estruturar uma TI Bimodal e os resultados foram uma surpresa para a área de negócios. “A reunião de identificação do desafio foi à tarde e no final do dia já definimos quem participaria do projeto. O grupo todo estava motivado e chegou a virar a noite desafiando os processos atuais”, lembra.

A TI da Serasa ganhou, então, dupla personalidade: uma para alimentar o modelo atual e outra para projetos que demandam agilidade e fluidez. Com a adoção da abordagem bimodal para a empresa e para TI, ele diz que foi possível obter ainda mais proximidade com o negócio, além de criar engajamento com o cliente externo e melhorar sua experiência.

O sucesso da iniciativa foi tamanho que representou um marco na transformação do modelo de atendimento de TI e na evolução da parceria com o negócio, ganhando até a atenção do CEO global.

Lauretti, que acumula mais de 30 anos de experiência na área, relata que o time teve coragem de desafiar o status quo e que o maior aprendizado do projeto foi conseguir, com simplicidade, fazer as coisas de forma diferente. “Estabelecemos mudanças de paradigma, com base no conceito de que tudo é uma orquestra”, observa.

Com a transformação digital em curso da Serasa, desafio atual de Lauretti, o executivo afirma que a TI Bimodal será vital no processo. Segundo ele, a metodologia vai ajudar toda a empresa a se adaptar ou a entender como fazer coisas de forma diferente.

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