Chief AI Officer (CAIO): saiba quem é esse talento

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1:35 pm - 25 de outubro de 2017

Oitenta por cento das empresas em todo o mundo estão investindo em inteligência artificial (AI, na sigla em inglês), Contudo, um em cada três líderes empresariais acredita que sua empresa precisará investir mais nos próximos 36 meses para acompanhar os concorrentes.

Ao mesmo tempo, as empresas estão antecipando barreiras significativas à adoção e buscam estratégias de olho nessas questões, criando um novo cargo C-Level para conduzir iniciativas do tipo. Trata-se do Chief AI Officer (CAIO), que deverá agilizar e coordenar a adoção de AI.

Os resultados são de pesquisa realizada pela Vanson Bourne, a pedido da Teradata, com 260 grandes organizações que operam globalmente.

Por que CAIO?

O surgimento do papel do CAIO está relacionado à orientação e à criação de uma estratégia de TI. O executivo passará, assim, segundo a pesquisa, a coordenar e a implementar a tecnologia em toda a empresa.

De acordo com o levantamento, hoje, 47% dos CIOs e 43% dos CTOs estão liderando os esforços de AI. Mas 62% dos entrevistados dizem que planejam contratar um talento dedicado – ou seja, um CAIO – para liderar o esforço no futuro.

Sobre as expectativas das empresas com relação ao profissional, 99% esperam um retorno do investimento (ROI, na sigla em inglês) da tecnologia nos próximos cinco anos por cada dólar investido hoje e 187% no ROI nos próximos dez anos.

O estudo observou que as indústrias que mais antecipam impactos positivos em AI são: TI, tecnologia e telecomunicações (59%); serviços comerciais e profissionais (43%); serviços ao consumidor (32%); serviços financeiros (32%); e fabricação e produção (31%).

Desafios da adoção de AI

De acordo com o levantamento, enquanto as taxas de adoção de AI são altas e as empresas esperam que a tecnologia prove seu valor, há muitas oportunidades para a implementação futura.

Assim, 80% dos entrevistados relatam que alguma forma de AI já está em produção em suas organizações. Enquanto isso, 42% dizem que há muito espaço para uma maior implementação em todo o negócio. Além disso, 30% ainda acreditam que suas empresa não estão investindo o suficiente e precisarão direcionar mais verba para AI nos próximos 36 meses para acompanhar os concorrentes.

Quase todos os respondentes estão se antecipando às barreiras de adoção e ROI – como é o caso de quase todas as tecnologias emergentes. As empresas estão prontas para continuar a investir em AI, mas a falta de infraestrutura de TI e a escassez de talentos são citados como as principais barreiras.

Impacto na carreira

Surpreendentemente, os líderes empresariais não estão tão preocupados com o impacto que a AI e a automação terão nos funcionários – apenas 20% veem isso como uma barreira – e, ainda menos, 19%, estão preocupados em desenvolver um caso de negócios para a AI.

Noventa e um por cento esperam ver barreiras para a realização da AI, com falta de infraestrutura de TI (40%) e falta de acesso a talentos (34%), seguido da falta de orçamento para implementação (30%); complicações em torno de políticas, regulamentação e direitos (28%); e impacto nas expectativas dos clientes (23%).

Em contraste, apenas 19% veem um caso de negócios fraco para as tecnologias AI como uma preocupação e apenas 20% estão preocupados com o impacto da AI e a automação nos funcionários.

As empresas se dividem entre aumento de receita (53%) e economia de custo/eficiência (47%) para direcionar investimentos em AI. Apenas 28% dos entrevistados dizem que suas organizações têm pessoas internas treinadas o suficiente para comprar, construir e implantar AI.

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