Brasileiros têm prejuízo de US$ 22 bi com cibercrime em 2017

Estudo aponta Brasil como segundo país que mais perdeu dinheiro com crimes cibernéticos em 2017

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2:39 pm - 23 de janeiro de 2018

O Brasil é o segundo pais mais perdeu financeiramente com ataques cibernéticos, atrás apenas da China. Em 2017, cerca de 62 milhões de brasileiros foram vítimas de cibercrime, o que representa 61% da população adulta conectada do país. As perdas totalizaram US$ 22 bilhões, sendo que cada vítima perdeu uma média 34 horas com as consequências dos ataques.

Os números são do Norton Cyber Security Insights Report 2017, divulgado pela Norton by Symantec, que mostra que foram roubados US$ 172 bilhões de 978 milhões de consumidores em 20 países no ultimo ano.

Perfil das vítimas

O levantamento aponta que as vítimas do cibercrime compartilham um perfil semelhante: são entusiastas de tecnologia que se cercam de dispositivos mobile tanto em casa como fora dela, mas têm um ponto cego quando se trata de princípios de segurança cibernética. Este grupo tende a usar a mesma senha em várias contas ou compartilhá-la com outras pessoas.

Entre as vítimas, 84% foram afetadas nos últimos 12 meses. Os Millennials são as vítimas mais frequentes, sendo que 26% deles não possuem nenhum método de proteção em pelo menos um dispositivo e eles são mais propensos a compartilhar a senha.

Nelson Barbosa, especialista de segurança Symantec, explica que as ações dos consumidores revelaram uma perigosa desconexão: apesar de um fluxo constante de falhas cibernéticas relatadas pela mídia, muitas pessoas parecem se sentir invencíveis e ignorar a tomada de precauções básicas para se proteger. “Esta interrupção destaca a necessidade de segurança digital do consumidor e a urgência de das pessoas voltarem ao básico quando se trata de fazer sua parte para prevenir o cibercrime”, diz.

Erros básicos com senhas

Entre os entrevistados brasileiros, 59% compartilha as senhas, 34% escreve a informação em um pedaço de papel e 24% usa a mesma senha para todas as contas. As senhas mais compartilhadas são as dos dispositivos conectados domésticos (38%), seguida de desktops (37%) e laptops (36%).

Embora 83% dos entrevistados se preocupa que informações sobre dados bancários sejam roubadas, 18% compartilham a senha online de sua conta bancária com outra pessoa.

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