Brasil continua a liderar mercado de fusões e aquisições latino-americano

Resultados do 1º semestre estão em estudo da Aon e da TTR Data. Duas das maiores transações no continente foram registradas no País

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4:38 pm - 08 de agosto de 2024
Imagem: Shutterstock

O Brasil registrou 747 transações de fusão e aquisição (M&A) nos primeiros seis meses de 2024, queda de 27% em relação ao mesmo período de 2023. As 365 transações que tiveram valor revelado mobilizaram capital aproximado de US$ 20 bilhões, redução de 3% comparado ao primeiro semestre do ano anterior.

Apesar dos números em queda, o Brasil segue liderando o ranking de países mais ativos da América Latina em M&A no período. Os dados são de um relatório divulgado recentemente pela Aon e feito em conjunto com a TTR Data.

“A maioria das transações realizadas foram domésticas, permitindo que empresas menores ou concorrentes se desenvolvam em organizações maiores e aumentem sua rentabilidade, demonstrando uma busca clara por transações com maior qualidade e riscos bem mapeados através de investidores corporativos que conhecem o setor onde estão investindo”, explica Pedro Costa, líder de M&A e soluções de transação da Aon no Brasil.

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O especialista diz o capital movimentado teve queda menor que o número de transações. “Por outro lado, a maior transação no setor de energia do primeiro semestre ocorreu no Brasil, indicando que empresas estão buscando expandir seus negócios no País”, diz.

Com uma operação avaliada em US$ 1,493 bilhões, a empresa de exploração e produção de petróleo e gás Enauta Participações foi adquirida pela 3R Petroleum Óleo e Gás e Maha Energy, tornando-se a maior transação do semestre na região. Em segundo lugar, outra aquisição significativa foi a da AES Brasil Energia pela Auren Energia, avaliada em US$ 1,306 bilhões.

Tecnologia lidera

As indústrias mais ativas no Brasil durante o período foram as de Internet, Software & Serviços de TI (159 negociações), Real Estate (73), Software Especializado para Indústrias (65) e Serviços Profissionais (47).

No mundo, os Estados Unidos continuam o principal investidor no Brasil, com 77 negociações que geraram um valor aproximado de US$ 2,2 bilhões. Reino Unido vem atrás com 18 transações avaliadas em US$ 102 milhões, e Singapura com 12 transações que representaram US$ 202 milhões.

No caminho inverso, o Brasil focou investimentos nos Estados Unidos e no México.

A América Latina experimentou declínio geral no mercado de transações, registrando um total de 1.242 fusões e aquisições no primeiro semestre de 2024, tanto anunciadas quanto concluídas. Trata-se de uma diminuição de 26% em relação ao primeiro semestre de 2023 e um valor agregado de US$ 33,572 bilhões – queda de 16% na mesma comparação.

Atrás do Brasil vem o México, com 162 transações realizadas – queda de 14% em relação ao mesmo período de 2023 e uma diminuição de 42% no valor movimentado (US$ 5,849 bilhões). O Chile subiu para o terceiro lugar do ranking com 138 transações (ainda que com queda de 37%) e uma diminuição de 61% no capital movimentado (US$ 3,784 bilhões).

A Colômbia desceu para a quarta posição com 124 transações (queda de 8%) e uma diminuição de 10% no capital movimentado (US$ 2,263 bilhões).

O relatório pode ser visto na íntegra nesse link.

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Redação

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