Brasil é dono de maior investimento do Zoom na América Latina

Alfredo Sestini, head da empresa na região, fala sobre expectativas e mudanças com a chegada do trabalho híbrido

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9:30 am - 06 de junho de 2022
Alfredo Sestini, head do Zoom no Brasil Alfredo Sestini, head do Zoom no Brasil

Os investimentos do Zoom começaram no Brasil começaram em 2019, com o data center da empresa no país. E, com a pandemia do novo coronavírus em 2020, essa relação se estreitou. Alfredo Sestini, head do Zoom no Brasil, em entrevista ao IT Forum, explica que hoje, são mais de 20 pessoas trabalhando na região e o foco atual é não só ter todas as soluções disponíveis, mas também tornar-se um earlier adopter de ferramentas.

“Nós temos o Brasil como uma base de investimento muito forte na região. Tudo o que lançamos fora, conseguimos com que clientes brasileiros entrem na versão beta para ajudar a entender como está o produto e pedir mudanças incorporadas na solução. E, por conta disso, estamos crescendo nossa base enterprise (companhias com mais de mil funcionários) adotando não só a videochamada, mas telefonia, experiência imersiva para o mundo híbrido, webinars, chat, entre outros”, comemora.

Esse crescimento, segundo o executivo, é bastante expressivo. No Brasil, o Zoom cresceu 30 vezes o número de usuários fremium e 10 vezes em contratos assinados com empresas. Além disso, a empresa saiu de um distribuidor para dois e, agora, está revendo todos os seus parceiros no Brasil, implementando uma nova metodologia para que sejam homologados para qualquer comunicação unificada para o trabalho híbrido.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de diminuição do uso da plataforma com a volta do trabalho presencial ou híbrido, Alfredo está confiante. “O que acontecerá é o uso de outros canais de comunicação da empresa. O que acontece muito, hoje em dia, é: ‘eu voltei para o mundo híbrido, mas a experiência é de antigamente. Mas já existe uma tecnologia disponível no Brasil para diminuir essas fricções. Por exemplo, se antes as pessoas precisavam de um ramal, hoje há a demanda para ter um telefone disponível independente de onde estiverem. Nós temos uma solução de PABX na nuvem com um número local que toca no aplicativo do Zoom sem a necessidade de estar no escritório”.

Atualmente, segundo o executivo, mais de 95% das empresas no Brasil usam Zoom e/ou outras tecnologias, usando as ferramentas do Zoom para algum caso específico. Sobre a concorrência, o executivo não abre quem são as principais empresas na corrida, mas é enfático ao dizer que a concorrência depende do caso. “Existem clientes que usam soluções de diferentes empresas e estão felizes. Não existe sobreposição. O que cabe a nós é mostrar como nos posicionamos e o cliente decide”. De acordo com ele, as principais verticais no Brasil são: educação, seguida por governo e um viés de crescente muito forte no mercado financeiro e o varejo começando a despontar.

Para o futuro, Alfredo enfatiza que o Brasil continuará sendo o maior polo de investimento do Zoom na América Latina. Nos últimos anos, além da abertura do data center, sua capacidade também foi aumentada e foi aberto um data center no México. Em paralelo, a companhia montou times na Argentina e na Colômbia – além de ter vagas abertas nacionalmente.

“Esse é um desafio grande que todas as empresas de tecnologia têm hoje. Dependendo do nível de conhecimento que a gente precisa – e o Zoom é uma empresa muito técnica – eu preciso de um nível de especialização que é difícil de achar e eu demoro meses para contratar uma pessoa”, comenta.

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