Conforme a 44ª edição do relatório Webshoppers, no primeiro semestre deste ano o e-commerce brasileiro bateu o recorde de vendas, alcançando a marca dos R$ 53,4 bilhões. Apesar disso, um estudo efetuado pelo Instituto Ibero-Brasileiro de Relacionamento com o Cliente (IBRC), em parceria com o Instituto de Pesquisas e Estudos da Sociedade e Consumo (IPS Consumo), revelou que menos de 30% dos brasileiros afirmam estar satisfeitos com o Serviço de Atendimento ao Cliente oferecido pelas companhias.
Em um cenário no qual metade dos brasileiros prefere adquirir produtos em lojas online e 70% declara que ter uma boa experiência durante este processo é muito importante – como aponta um levantamento da Opinion Box -, as empresas precisam estar preparadas para a chegada das grandes datas comerciais, tal como a Black Friday.
Neste ponto, não há como não falarmos de tecnologia. De acordo com um levantamento realizado pela TNS Research, empresas que investem em tecnologia crescem 60% mais, se comparadas a companhias que desconsideram esta aplicação. Apontada pelo Gartner, em 2019, como a mais disruptiva das tecnologias nos próximos dez anos, a Inteligência Artificial (IA) foi bastante impulsionada durante a pandemia e tem apresentado uma lista, cada vez maior, de benefícios que podem auxiliar as empresas a alcançarem melhores resultados nos negócios.
E se você ainda tem “o pé atrás” com a tecnologia e se pergunta “como usar isso pode me ajudar?”, eu te respondo. Pensando em grandes datas comerciais, soluções personalizadas de Inteligência Artificial e Machine Learning são capazes de elevar o nível de previsibilidade, como análise de preços e tendências de consumo. Estas informações geram insights para que você possa tomar decisões mais adequadas em sua estratégia.
Dito isto, apresento algumas maneiras de como a Inteligência Artificial pode auxiliar no aperfeiçoamento dos negócios.
Mapeamento comportamental – Por meio da coleta e da interpretação de dados de buscas, a IA é habilitada para coletar padrões praticados pelos consumidores, viabilizando a identificação de preferências de consumo e estágios da jornada de compra. Assim, é possível ofertar produtos ideais para o gosto de cada cliente, influenciar, de modo pessoal, a aquisição de mercadorias e oferecer uma experiência personalizada ao consumidor.
Precificação – Capaz de observar e estudar a concorrência, a Inteligência Artificial proporciona vantagem competitiva devido ao fato de aprovisionar informações sobre gerência de catálogos de produtos, analisar paridades, facilitar a compreensão de estratégias de promoções e apontar itens que podem ser destaques em relação aos concorrentes. Além disso, a tecnologia é apta para identificar produtos que são tendências entre consumidores e pode indicar maneiras estratégicas de aperfeiçoamento de preços.
Gestão de estoque – Com o levantamento e análise de dados que a IA fornece, é possível efetuar previsões certeiras de demandas e solicitações, o que viabiliza o bom planejamento de estoque e auxilia no abastecimento inteligente de produtos. É importante ressaltar que, além de agilizar o processo de envio e entrega da mercadoria, a gestão de estoque fomenta a minimização de perdas das empresas, colaborando com a redução de custos.
Atendimento ágil – Por meio de um atendimento automatizado, as empresas podem oferecer respostas rápidas e assertivas que ajudarão a solucionar os problemas dos clientes de modo mais eficiente. Aqui, a Inteligência Artificial pode ser utilizada para converter textos em falas, analisar imagens, reconhecer faces e até mesmo perceber emoções.
Logística de entrega – A tecnologia vai além do atendimento e relacionamento direto com o consumidor, aperfeiçoando também processos como o de logística de entrega, no qual pode contribuir para a cotação do frete, otimização de rotas, potencialização de monitoramento de frotas, rastreamento de cargas e reforço de segurança.
Aproveito a afirmação da Zendesk de que evitar a utilização da Inteligência Artificial pode ser o motivo que irá prejudicar o relacionamento cliente-empresa. O não investimento em tecnologia fatalmente acarretará em retrabalho, perda de tempo e por consequência, perda de capital. É passada a hora de entender e aceitar que não há mais como fugir do avanço tecnológico.
* Alan Yukio Oka é Cloud Product and Marketing Manager da BRLink
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