BI e Big Data: o que podemos esperar em 2018?

A indústria de soluções de big data & analytics ingressará em 2018 com perspectivas de negócio positivas, tanto no plano global quanto no Brasil, impulsionada por alguns fatores chaves. Na base do movimento está o valor cada vez mais estratégico dos dados de negócio.

Associados a isso estão a constante queda de custo das estruturas de hardware de processamento em grande volume, a evolução das plataformas de estrutura elástica (em nuvem) e a disseminação das ferramentas de conformação e compressão de dados múltiplos baseadas em soluções open source.

Esta avaliação é parte de um levantamento feito pela equipe da ST IT Consulting com base na compilação de análises e prognósticos envolvendo as principais empresas de consultoria e fabricantes internacionais de software.

Com mais de 50 projetos de BI, Big Data e integração de dados já implantados ou em andamento no Brasil, a ST IT Consulting realizou um recorte com as principais tendências em Big Data & Analytics para o exercício de 2018.

De acordo com Maurício Carvalho, diretor da ST TI Consulting, a abordagem destas tendências tem como plano de fundo uma “linha do tempo” criada recentemente pelo Gartner para o uso da informação como valor para as empresas desde os anos 1999 a 2009; passando pela década atual (2010 a 2020) e chegando ao próximo período (2021 a 2025), cujas tendências já começam a ser sentidas.

Segundo ele, o primeiro período avaliado mostra o uso de dados como ferramenta basicamente de controle dos negócios (ao longo dos anos 2000), sendo que de 2010 a 2020 este uso se desloca para a atividade motriz dos negócios (na qual os dados fazem o papel de combustível). “A fase que já está se aproximando, com o avanço dos modelos analíticos, é da utilização dos dados como ativo, e não mais somente como ferramenta de impulso. Enquadra-se aí a possibilidade de utilização de todas as plataformas de ingestão de dados, estruturação, governança e análise preditiva / prescritiva. Um contexto que torna crucial o surgimento de plataformas como a 4Insights”, afirma Carvalho.

Entre as principais tendências para 2018 detectadas pela ST IT Consulting, Carvalho destaca:

Impulso do analytics

1) O marketing de alta velocidade (representado pela exploração veloz e em grande massa de dados complexos em múltiplos formatos) começa a atingir a média empresa e a se disseminar pelos mais diversos setores. Na perspectiva de cinco anos à frente, desenha-se a possível comoditização da computação cognitiva.

2) Apelo a soluções preditivas para o embasamento de “forecasting” como requisito praticamente obrigatório, visando-se o ajuste dinâmico e vivo da cadeia de suprimentos para se antecipar à concorrência e conseguir sincronismo com o ciclo de oportunidades.

3) A multiplicação de sensores online e dispositivos móveis, propiciada pelo avanço da IoT (Internet das Coisas), passa a habilitar inúmeras novas classes de dispositivos como fontes de grandes dados para ferramentas destinadas a insights rápidos e ricos.

4) As exigências de compliance e governança irão demandar maior habilidade para processamento de dados inertes ou em movimento como condição de segurança jurídica e da reputação do negócio.

Tecnologias envolvidas

De acordo com Carvalho os impulsionadores relatados afetam positivamente as ofertas tecnológicas capazes de responder à necessidade de atendimento aos requisitos suscitados pelas variantes de dados que o mercado costumou nomear como “os três Vs” (Velocidade, Variedade e Volume). Entre estas tecnologias, a ST IT Consulting lista como principais:

1 – Streaming de Dados, tais como Kafka, Ni-Fi, AWS Kinesis, Microsoft Stream Analytics, entre outros.

2 – Soluções com capacidade de processamento de grandes dados em nuvem que permitem o acesso em tempo real ou bem próximo disto a informações com múltiplos cruzamentos de fontes heterogêneas e pervasivas. Enfatizando que esta tendência é fortalecida pela utilização de bancos de dados colunares para Data Warehouses, tais como AWS Redshift, Microsoft SQL Server 2016, MariaDb, entre outros.

3 – Na arena dos projetos e implementação de BI/Big Data, deverá se aprofundar o apelo a metodologias de desenvolvimento ágil, combinando-se a facilidade de cooperação TI/Negócios proporcionados pela formação de células Sprint de desenvolvimento com a parceria do CDO, CIO, CMO, CFO, CxO no comando das equipes de criação de aplicações analíticas.

4 – Para encurtar o caminho entre a enxurrada de dados e os repositórios centrais em arquitetura Data Warehouse, uma estratégia em ascensão será o emprego de Data Lakes.

5- Em 2018 deve se aprofundar a adesão à estratégia de TI Bimodal para tornar mais ágil e seguro o desenvolvimento de ambientes integrados de BI e Big Data. Este movimento é essencial para vencer o difícil desafio de ROI e de time-to-market das implementações, que hoje dependem da exaustiva limpeza e remodelagem de dados convencionais para sua inserção nos fluxos de análise veloz.

6 – Deve crescer em 2018 o interesse das equipes de TI por plataformas de aceleração de estruturação e ingestão de dados díspares. A plataforma 4Insights se enquadra neste contexto, combinando diversos dos requisitos acima descritos para dar maior objetividade aos processos de design e implementação e para tornar mais ágil a oferta de dashboards analíticos, bem como para proporcionar a apresentação visual das inúmeras dimensões dos dados para a produção de insights de negócios.

Diante dessecenário, a ST IT Consulting enfatiza a proeminência cada vez maior do gestor (ou especialista) de dados (CDO) na matriz de comando e influência estratégica e administrativa, o que deve estimular o CIO a prosseguir revisando seus conhecimentos e o seu papel na estrutura de planejamento e operação dos negócios.

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