Amazon Bedrock recebe gerador de imagens de IA com marca d’água invisível
Bedrock terá selo que utiliza metadados para identificar imagens geradas por IA para mitigar desinformação
A Amazon Web Services (AWS) anunciou nesta quarta-feira (29), durante seu evento global AWS re:Invent 2023, uma série de novos recursos para o Bedrock, plataforma para a criação de aplicações de inteligência artificial generativa. Um dos destaques é a inclusão de uma nova ferramenta para a criação de imagens geradas por inteligência artificial, o Titan Image Generator.
A ferramenta não é a primeira capaz de gerar imagens através de IA disponível no Bedrock. Ela, no entanto, cria imagens que contêm uma “marca d’água” que torna possível identificá-las como um conteúdo gerado por IA. A marca não é visível pelo usuário, mas carrega metadados que permitem diferenciá-la de uma imagem real.
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Segundo Swami Sivasubramanian, vice-presidente de Dados e Serviços de Machine Learning da AWS, o recurso é mais um passo na estratégia da companhia de prover soluções seguras de IA. “Essas marcas d’água são desenhadas para reduzir a propagação de desinformação, provendo um mecanismo discreto para identificar imagens geradas por IA”, disse o executivo. “A AWS está entre as primeiras provedoras de modelos a lançar marcas d’água invisíveis que estão integradas às imagens”.
Alex Coqueiro, diretor de Tecnologia para negócios do Setor Público da América Latina, Canadá e Caribe da AWS, destacou que a ferramenta também se alinha com a recém-publicada ordem executiva do presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, sobre o uso seguro e confiável de IA. Uma das definições da ordem é a criação de ferramentas que mitiguem a possibilidade de fraudes que utilizam IA, estabelecendo padrões e melhores práticas para detectar conteúdo gerado por IA.
“Quando tivermos isso em larga escala, ficará muito mais fácil identificar elementos como fake news. Hoje é difícil, é um desafio”, pontuou. “Uma empresa sozinha não tem condições de fazer a IA responsável funcionar. É uma congregação de vários setores da sociedade.”
Expansão do Bedrock
O leque de ferramentas do Bedrock também foi estendido com modelos baseados em texto. Outra adição foi o suporte ao modelo fundacional (FM) Claude 2.1, da Anthropic – empresa que recebeu um investimento de US$ 4 bi da Amazon em setembro. Revelado na semana passada, Claude 2.1 tem uma capacidade de contextualização duas vezes superior à do Claude 2.0, taxas reduzidas de alucinação e mais precisão em longos documentos.
O Claude 2.1 suporta até 200.000 tokens, o equivalente a aproximadamente 150.000 palavras ou mais de 500 páginas de documentos. Ao enviar informações extensas para Claude, usuários podem resumí-las, realizar perguntas e respostas, prever tendências, comparar e contrastar vários documentos para elaborar planos de negócios e analisar contratos complexos.
Também foi anunciado a disponibilização do Llama 2 70B na plataforma. O modelo amplo de linguagem (LLM) de próxima geração da Meta é desenhado para aplicações de chat que precisam de longas interações.
O Amazon Bedrock foi lançado em outubro pela AWS e permite a criação de aplicativos de IA generativa escaláveis com múltiplos modelos de linguagem. Além de modelos Titan, da própria Amazon, e dos outros já citados, o Bedrock também suporta modelos da Ai21labs, Cohere, Stability.ai. Segundo Sivasubramanian, mais de 10 mil clientes já começaram a construir aplicações de ia generativa usando o Bedrock.
“Nós acreditamos que nenhum modelo vai dominar o mundo. Ainda estamos nos estágios iniciais da IA generativa, e esses modelos vão continuar a evoluir em velocidades sem precedentes”, disse o executivo durante sua apresentação. “É por isso que os clientes precisam da habilidade de usar diferentes modelos para diferentes casos de uso”. Lançado
*O repórter está em Las Vegas a convite da AWS
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