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AT&T ajudou Estados Unidos a espionar internet

Não é segredo pra mais ninguém o esforço de espionagem na internet feito pelo governo norte-americano. Os escândalos envolvendo as mais diversas agências causaram inclusive rusgas no plano internacional, sobretudo, quando vazaram dados de que chefes de Estado vinha sendo vigiados de perto pelo governo dos EUA. Agora, abre-se uma nova página nesta história e, desta vez, detalhando o relacionamento entre a Agência Nacional de Segurança (NSA, da sigla em inglês) e a operadora AT&T, que facilitava o acesso ao tráfego da rede.

Reportagem publicada no The New York Times afirma que toda a habilidade da agência em espionar a internet de maneira tão ampla só foi possível por conta da parceira de mais de décadas com a AT&T.
A publicação afirma que novos documentos atestam que a relação entre a operadora e a NSA era próxima, única e bastante produtiva. Os textos relatam que a AT&T era classificada como altamente colaborativa e extremamente disposta a ajudar.

A cooperação da AT&T envolveu diversas atividades como mostram documentados datados entre 2003 e 2013. A operadora teria garantido à NSA acesso, por meio de variados métodos, a bilhões de e-mails na medida em que eles trafegavam em sua rede doméstica. Além disso, a telco teria dado toda a assistência técnica para interceptar as comunicações por internet da ONU, um cliente da AT&T.

Os documentos lançam uma nova fase na investigação sobre a relação da NSA com as operadoras de telecomunicações dos Estados Unidos e deixam claro que a parceria da agência com a AT&T se tornou bastante importante, permitindo vigiar toda a comunicação, inclusive internacional, que trafegava pelas redes em solo norte-americano.

A parceria entre a agência era tamanha que o budget destinado à AT&T em 2013 era mais que o dobro do segundo maior contrato, com apontam os documentos. A operadora instalou equipamentos de vigilância em ao menos 17 hubs de internet em solo americano, muito mais que seu maior competidor, a Verizon. Os engenheiros da telco também foram os primeiros a testaram novas tecnologias de monitoramento inventados pela agência.