Ataques cibernéticos contra a Ucrânia caem 50% nos últimos dias

Após crescimento exponencial, Check Point Research acredita que os cibercriminosos estão voltados a outros governos

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6:09 pm - 21 de março de 2022
Cibersegurança: e-commerce em alerta

Nos primeiros três dias de conflito entre a Rússia e a Ucrânia (que teve início em 24 de fevereiro), as ofensivas cibernéticas contra a administração pública e o setor militar ucranianos aumentaram em 196%. Desde então, registrou-se um decréscimo de 50% nos últimos dias, revela a Check Point Research. A CPR suspeita que os cibercriminosos moveram a sua atenção para outros governos centrados no conflito. Ainda assim, o número de ciberataques contra todos os setores, não apenas governo e militar, em ambos os países, registraram o seu ponto mais alto desde o início do conflito e também deste ano.

Dados da companhia mostram que nas últimas duas semanas foi registrado o maior número de ciberataques em geral, não só desde o início do conflito, mas desde o começo deste ano. Na Ucrânia, a média de ataques semanais por organização na semana passada foi de 1.466, 20% maior que antes do início do conflito e 13% maior que nas duas primeiras semanas do conflito. Esta tendência ocorreu mesmo com a redução significativa do número de redes ativas no país (em 27%), devido à situação de emergência.

Na Rússia, a média semanal de ciberataques por organização na última semana foi de 1.274, e as mudanças foram menores: aumento de 1% desde o período que antecedeu o início do conflito e aumento de 4% em comparação com as primeiras duas semanas de conflito.

A nível global, a média semanal de ciberataques por organização na semana passada alcançou o número de 1.266, 14% mais que no período que antecedeu o início do conflito e 15% mais que as primeiras duas semanas de conflito.

Ao observar somente a administração pública e área militar, setores em que a CPR identificou um aumento significativo de ataques na Ucrânia nos primeiros dias de conflito, a semana passada apresentou números mais baixos, em comparação com as primeiras duas semanas (59% menos). No entanto, a nível global, houve um aumento significativo de 21% de ataques cibernéticos em setores governamentais e militares, em comparação com o período anterior ao início do conflito, e 19% maior comparado com as duas primeiras semanas do conflito.

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