Aprendizagem contínua é preciso para sobreviver à era da automação

Lifelong learning é o novo mantra do mercado para profissionais enfrentarem os desafios do mercado de trabalho com a revolução tecnológica

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6:34 pm - 18 de outubro de 2019
Quais gerações fazem parte do mercado de trabalho

Com tantas mudanças acontecendo no mundo do trabalho, os profissionais que não se reinventarem vão ficar para trás. A dica de consultores para sobrevivência na era da automação é a prática do mantra lifelong learning, ou aprendizagem ao longo de toda a vida.

O termo lifelong learning está sendo usado para incentivar os indivíduos a buscarem continuamente conhecimentos para seu desenvolvimento pessoal e profissional. É uma estratégia para os profissionais se tornarem mais competitivos e atrativos para os empregadores. Esse processo não se limita à sala de aula, pois a aprendizagem acontece em diferentes contextos da vida, com leitura, participação em eventos, cursos, viagens, experiências novas etc.

Consultores que participaram do IT Forum X defendem que aprendizado ao longo da vida ou educação contínua é um imperativo para profissionais que querem se manter em linha com as tendências do mercado de trabalho por causa das mudanças rápidas. “No mundo competitivo não dá para parar de aprender. A busca por conhecimento tem que ser constante”, aconselha Reynaldo Gama, presidente da HSM. Por isso, os estudos não param após a graduação ou pós-graduação.

“Os profissionais têm que se tornar protagonistas da sua carreira, buscando desenvolvimento constante, não só a educação formal”, orienta Bruno Leonardo, cofundador da Witseed. Segundo ele, os que não se atualizarem terão mais dificuldade para exercer suas atividades com produtividade, gerar resultados e obter sucesso na carreira.

Para Rodrigo Parreira, CEO Logicalis, investir no desenvolvimento contínuo traz resultados para os negócios e para o profissional. Consciente disso, sua companhia destina de 4% a 5% da receita em treinamento para que os funcionários aprimorem conhecimentos técnicos e as chamadas softs skill, que são as competências comportamentais, muito exigidas atualmente.

Esses recursos estão disponíveis na Logicalis e Parreira diz que a companhia não segura na mão do funcionário, pois é ele que tem que planejar sua aprendizagem. “Nem todos vão atrás”, afirma o executivo.

Com tantas tecnologias e facilidades para busca de informações, não há desculpa para as pessoas se acomodarem. Marcos Sanchez, CIO da Saint Paul Escola de Negócios, afirma que com inteligência artificial e outras ferramentas permitem que cada procure aprendizado de acordo com o seu jeito de ser.

Educação em transformação 

As revoluções no mundo do trabalho desafiam as universidades reverem os modelos de educação para entregar mão de obra de acordo com as necessidades do mercado. Wagner Sanchez, professor da Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap) reconhece que as instituições de ensino estão atrasadas na transformação digital e transferindo para as empresas a responsabilidade de capacitação dos jovens talentos.

Sanchez admite que a grade curricular do ensino formal precisa mudar para que os alunos cursem somente disciplinas que realmente faz sentido para a carreira. Ele diz que a Fiap está experimentando colocar os alunos em contato com empresas para que vivenciem problemas reais e tentem encontrar soluções. “Estamos dando uma causa porque eles não querem aprender matemática, por exemplo”.

Entre as iniciativas, o professor menciona projetos para desenvolvimento de robôs com inteligência artificial para atender melhor a população em órgãos públicos. “Aplicações como essa faz com que a educação se transforme e isso é digital learning”, ressalta Sanchez.

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