Mesmo com aumento de 15% em visitas geradas por conta do sistema de isolamento social, o YouTube (e seus criadores) estão passando por um período difícil por conta da queda brusca de anúncios.
De acordo com o Interactive Advertsing Bureau (AIB), órgão que realiza análises para a indústria, um em cada quatro compradores de mídia pausaram todas as suas campanhas até o final do semestre e
46% reajustaram para baixo o valor a ser gasto com publicidade on-line.
Ainda, de acordo com o IAB, três quartos das empresas entrevistadas acreditam que a crise atual será ainda mais prejudicial para o mercado do que crise financeira de 2008, pois o mercado está bem maior do que há mais de dez anos e esse impacto será mais pronunciado.
Para os meses de julho a setembro, o IAB prevê que as empreas gastarão 75% do orçamento planejado para o mês e, nos últimos três meses de 2020, esse percentual será de 88%.
Os criadores já estão sentindo essa mudança. Em entrevista ao site de notícias OneZero, o consultor Carlos Pacheco, que auxilia canais de criadores de conteúdo, afirmou que os mais de 180 canais que ele dá suporte estão com uma queda de renda de anúncios de, em média, 50%.
Em parte, essa queda traduz um efeito cascata: a indústria de turismo e lazer sempre se constituiu como um dos principais anunciantes da plataforma. Mas, com viagens praticamente suspensas e fechamento
de restaurantes, a verba vinda dessas empresas foi cortada.
Mas mesmo mercados que teoricamente estão em alta, como o de games (cujos canais registraram em março aumento de 13% em visualizações) também estão com uma baixa de anúncios – não tão pronunciada, mas já perceptível.
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