Até 2025, América Latina e Caribe precisarão de mais de 2,5 milhões de talentos em TIC

Segundo IDC, número de vagas para funções emergentes em negócios digitais crescerá mais rapidamente do que aquelas para empregos tradicionais de TI

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10:30 am - 28 de novembro de 2022
desenvolvedora, mulher, códigos, dev, área de tecnologia Foto: Shutterstock

Com o avanço da digitalização dos serviços e negócios, há uma renovação contínua na busca por talentos com habilidades em tecnologia. Segundo relatório da IDC, mais 2,5 milhões de profissionais relacionados às TIC serão demandados até 2026 e o número de vagas para novas funções emergentes voltadas para negócios digitais crescerá mais rapidamente do que aquelas para empregos tradicionais de TI. Atualmente, estima-se que haja 6,3 milhões de profissionais com competências digitais para cobrir papéis essenciais e emergentes.

“Estamos vendo uma rápida digitalização da economia, o que significa que o setor digital não só representa, mas também contribui e transforma uma proporção cada vez maior da produção econômica global, e o talento digital é a base da economia digital”, afirmou Michael Xue, vice-presidente da Huawei na América Latina e Caribe, durante o LAC ICT Talent Summit, evento organizado pela Huawei, em conjunto com a UNESCO e EFE.

Durante os dois dias do evento, acadêmicos, decisores políticos, líderes empresariais, estudantes universitários e representantes de organizações internacionais cobriram tópicos como o presente e o futuro da educação e da tecnologia, a transformação digital, o mercado de trabalho para profissionais das TIC e os desafios enfrentados pelos países da região para satisfazer a procura de pessoal qualificado e competências digitais.

“A pandemia de Covid-19 tornou clara a necessidade urgente de estreitar a lacuna digital e de tornar o conteúdo digital, a tecnologia e a conectividade disponíveis a todos”, disse Claudia Uribe, diretora da OREALC, da UNESCO.

A lacuna global de habilidades em TIC traz impactos econômicos revelantes. Segundo o estudo, até 2025 esse impacto pode chegar a US$ 1 trilhão, em comparação com US$ 775 bilhões previstos até o final de 2022. Para a América Latina, esse impacto pode representar quase US$ 50 bilhões até 2025, o que significaria pelo menos 1% do PIB regional para o mesmo ano, segundo o relatório da IDC.

Na visão dos convidados do painel, esses números também significariam desafios para os países aproveitarem o crescimento e perceberem as oportunidades de desenvolvimento. Para eles, o único caminho a seguir é que todas as partes interessadas trabalhem juntas para aumentar a quantidade de talentos digitais e preencher as lacunas, tanto em termos de variedade quanto de habilidades.

“Estamos comprometidos com o crescimento dos talentos digitais na região e acreditamos em estar na América Latina e no Caribe para a América Latina e o Caribe”, disse Zhou Danjin, presidente da Huawei América Latina. “Acredito que teremos um papel a desempenhar no crescimento dos talentos digitais regionais. Quanto a nós, podemos — por meio de nossos vários programas e iniciativas — oferecer à geração mais jovem a exposição tão necessária a tendências e tecnologias como nuvem, IA, IoT e Ciência de Dados”, completou.

No Brasil, a Huawei conta com as iniciativas “Seeds for the Future” e o “ICT Academy”, também lançou junto de seus parceiros a plataforma ICT Job Fair, com mais de 700 alunos matriculados. Até o final de 2021, o programa de formação de talentos “Nem Nem” tem cooperado com sete grandes instituições relacionadas com TIC no Brasil, incluindo IFAM, IFCE, IFES, IFPE, IFPI, SENAI e UNISUAM. Atualmente, 100 alunos concluíram o curso de formação e 158 alunos estão sendo formados. Quatro laboratórios de treinamento adicionais foram lançados em 2022.

“Hoje, com a nova geração de tecnologia móvel no país, o 5G, o Brasil precisa trabalhar para combater a falta de mão de obra qualificada no setor de TIC. Para não ficarmos para trás em relação ao resto do mundo, precisamos de talentos que trabalharão para desenvolver a transformação digital no País”, comenta Atilio Rulli, Vice Presidente de Relações Públicas da Huawei LATAM.

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