Advogada e coordenador do TSE divergem quanto à segurança das urnas eletrônicas

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7:14 pm - 05 de novembro de 2015
Advogada e coordenador do TSE divergem quanto à segurança das urnas eletrônicas
A CPI dos Crimes Cibernéticos discutiu a segurança das urnas eletrônicas usadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições.

Durante as discussões, houve divergência de opiniões entre os participantes da reunião, que contava com José de Melo Cruz, coordenador de Sistemas Eleitorais do TSE; Giuseppe Janino, secretário de Tecnologia da Informação do TSE; e a advogada Maria Aparecida da Rocha Cortiz, integrante do Conselho Multidisciplinar Independente (CMind), uma organização não governamental que aponta fragilidades no sistema.

Os técnicos do TSE rebateram informações fornecidas pela advogada a respeito de possíveis falhas no sistema do TSE. Segundo ela, o sistema contém um software, o Inserator, que pode certificar, ou seja, conferir autenticidade a programas fraudados. A advogada criticou ainda a contratação da empresa Smartmatic pelo TSE. Segundo ela, a empresa é estrangeira, não poderia atuar em território nacional e foi contratada sem licitação.

De acordo com Janino, o software mencionado pelo CMind não está em uso desde 2004 e não faz parte do sistema de validação dos votos. Já a empresa Smartmatic, segundo ele, foi contratada apenas para transportar as urnas ao vencer uma licitação em consórcio com outra empresa, a Engetec.

“Não é verdade que o programa não era usado. Ele [Janino] não tem como provar que isso não aconteceu”, rebateu a advogada. Segundo ela, o TSE não permite testes independentes, conduzidos por outros órgãos.

*Com informações da Câmara dos Deputados

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