Quando se discute as consequências provocadas pela transformação digital e suas contribuições para a realidade das empresas, agilidade e simplificação são dois componentes mencionados com frequência. Não por acaso, afinal, tratam-se de dois pilares importantes para os que buscam potencializar a eficácia das atividades operacionais, bem como a produtividade de suas equipes. Nos últimos anos, o debate se estendeu a uma nova mentalidade informacional, levando ao surgimento de técnicas e tecnologias inovadoras para lidar com o fluxo, armazenamento e uso dos dados.
Mais do que estatísticas, informações representam referenciais enriquecedores para a tomada de decisão, análise preditiva de mercado, relacionamento com o cliente, entre outras finalidades cruciais para o andamento do negócio e a obtenção de resultados satisfatórios. Certamente, implantar soluções automatizadas em busca de uma condução segura dos dados disponíveis é recomendável, porém, é necessário utilizar como base uma visão estratégica em relação ao tema, capaz de extrair o que há de mais vantajoso desse ativo digital.
A simples presença tecnológica é suficiente para que a transformação seja drástica e provoque os efeitos desejados? O ambiente de TI, eventualmente colocado de lado e até renegado como um departamento cujo investimento é secundário, deve ser reorganizado em prol do funcionamento dessas plataformas e abordagens. Isso implica na capacitação de profissionais e construção de uma infraestrutura capaz de suportar as demandas da organização. É possível afirmar que a mudança deve começar na concepção estratégica dos que detém o poder de decisão.
Com sistemas de automação encarregados de processos exaustivos e padronizados, as equipes, anteriormente responsáveis pela condução manual de informações, serão redirecionadas para tarefas diversificadas e subjetivas, conquistando um estímulo produtivo maior. Contrariando noções antiquadas sobre o assunto, não se trata de simplesmente substituir profissionais, mas de oferecer um campo de atuação correspondente à complexidade humana. Nesse sentido, os benefícios são mútuos no cotidiano de trabalho.
Se você já leu ou estudou sobre conceitos de Customer Experience, está minimamente familiarizado com a importância de se construir relacionamentos individualizados com os clientes. Em resumo, serviços ou produtos de qualidade não são garantias de fidelização ou angariação de novos consumidores; é necessário assimilar a particularidade comportamental de cada um, utilizando algoritmos complexos e confiáveis para definir as melhores ações.
Com a disponibilidade da internet e uma fácil acessibilidade a diversos aplicativos intermediários, não se deve sustentar uma comunicação externa com base em um tratamento estático. O setor de cobranças, por exemplo, é um ótimo campo para se adotar práticas personalizadas e em sintonia com as motivações que o devedor apresenta. A análise de dados busca justamente o entendimento dos problemas do público-alvo e saídas potencialmente adequadas para resolvê-los.
Experiência de mercado, carreira consolidada e intuição. Há alguns anos, essas três características fundamentavam a tomada de decisão de praticamente todos os gestores e líderes do país, independentemente de seu segmento ou porte empresarial. Hoje, o cenário é outro.
Inteligência artificial é um importante pilar da transformação digital. Com ela é possível automatizar decisões baseadas em grandes volumes de dados quer seriam impossíveis para o ser humano. Dessa forma, a figura de liderança pode contar com sua percepção pessoal, mas ela deixa de ser o único fator analítico. Quanto menor for a margem de erro, maior será a chance de se acertar em um quadro econômico cada vez mais dinâmico.
Por fim, destaco o papel do gestor na disseminação de uma nova mentalidade interna, sobre a TI e as aplicações práticas de plataformas de automação. Não se pode esperar que resultados positivos sejam evidenciados se o alinhamento estratégico está fragilizado ou entregue a uma concepção errônea sobre o papel da tecnologia no campo operacional. Dados são aliados de valor e representam uma grande oportunidade para se ingressar na era digital e aproveitar suas inúmeras vantagens.
E você? Como enxerga o papel dos dados e a presença tecnológica no cotidiano empresarial? Participe do debate e faça essa reflexão!
*Luiz Bono é CTO na Receiv
Em uma iniciativa inovadora para a ação climática, as gigantes da tecnologia Google, Meta, Microsoft…
A plataforma Rendix, que permite pagamentos via Pix em transações internacionais, está ganhando terreno na…
A DeepL, empresa alemã especialista em linguagem natural para IA, anunciou essa semana um investimento…
A segurança dos veículos Tesla, que adotaram recentemente a tecnologia de rádio de banda ultralarga,…
Os provedores de serviços de comunicações (CSPs) estão otimistas com relação à inteligência artificial. Mais…
A recente controvérsia envolvendo Scarlett Johansson e a OpenAI levantou uma questão importante sobre o…