“A nuvem é o novo normal”, afirma VP da AWS

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9:35 am - 13 de novembro de 2014
“A nuvem é o novo normal”

A história da Amazon Web Services (AWS) converge com a história da
computação em nuvem, afinal a empresa que hoje detém a liderança mundial desse
mercado e abocanha mais de 30% da receita total – estimada em US$ 4 bi –, à
frente da Microsoft e do Google, foi pioneira na forma de oferecer o serviço em
2007. Falar de nuvem há cinco anos era uma espécie de tabu para CIOs de
todo mundo, principalmente pela segurança, “e hoje segurança é um motivo para
migrar para nuvem”, afirmou o vice-presidente sênior da AWS, Andy Jassy,
ressaltando as diversas certificações e inovações adquiridas nos últimos anos.  

Nesse novo mundo, no qual “a nuvem é o novo normal”, como
descreveu o executivo durante a keynote de abertura da terceira
edição do re:Invent, evento da companhia voltado para desenvolvedores, clientes
e parceiros, que acontece esta semana em Las Vegas (EUA), a AWS detém uma
posição privilegiada. Segundo Jassy, a organização atualmente apresenta
crescimento de 40% em receita ano a ano, o que faz dela a empresa de tecnologia
que mais cresce no mundo.  

Para dar uma dimensão de grandeza, o executivo também lançou
mão de um diagnóstico do Gartner, que descreve a capacidade da nuvem da AWS
equivalente ao poder total dos outros 14 provedores do mercado. E rodando em
cima dessa infraestrutura, que conta com 30 zonas de disponibilidade
globalmente, a companhia possui cerca de 1 milhão de clientes, entre organizações
privadas, públicas e provedores de tecnologias, distribuídos por mais de 190
países.

A transição para a nuvem tem acontecido muito rápidamente, pontuou
Jassy, ao passo que o ritmo de inovação da AWS nos últimos anos mostra como a
companhia busca manter sua posição de liderança e, ao mesmo temo, incentivar
mais empresas, especialmente as de grande porte, a migrarem para a nuvem. “As
empresas não têm mais opção de se moverem devagar, e sim têm de ser capazes de
fazem isso de maneira rápida”, disse, enfatizando como o serviço permite hoje transformar
a experiência do consumidor com agilidade e acelerar os ciclos de inovação.

O VP da AWS lembrou como
alguns de seus clientes conhecidos, como Airbnb, Spotify e Dropbox, promoveram
mudanças nas indústrias em que atuam. Mas muito além das startups, a abertura do
evento teve como estrelas principais os clientes de grandes empresas que,
segundo ele, são impulsionadas para a nuvem principalmente por demandas e
projetos de web, analytics e mobilidade.

Dentre elas a Philips, que atualmente processa 15 petabytes
de dados de provedores de saúde na nuvem com objetivo de oferecer inteligência
em tempo real a pacientes e médicos. Além disso, a companhia trouxe
clientes brasileiros como Serasa, Rede Globo, Magazine Luiza e Easy Taxi para
apresentar seus projetos na nuvem ao longo das sessões que acontecerão no
evento.

De modo geral, Jassy analisou que essas transformações
ocorrem hoje em diferentes instâncias: companhias que migram apenas aplicações
críticas, outras data center inteiros e as que levam todas as suas
operações para a nuvem. Neste último caso, estão Netflix, GPT, Nippon Express,
Sungcorp Group, entre outras.

E onde fica a nuvem híbrida na estratégia da AWS? O
executivo ressaltou que a provedora continuará oferecendo recursos para as
organizações que querem rodar aplicações híbridas, como é o caso da Johnson&Johnson,
que caminha para levar todo poder computacional da nuvem oferecido nos desktops
em um projeto de BYOD voltado para seus colaboradores e consultores.

Apesar do crescimento do negócio, Jassy enfatizou que a
companhia pretende manter sua cultura essencial, baseada no consumidor e em ouvir
seus clientes, no pioneirismo e na inovação e, sobretudo, na orientação no longo
prazo. Uma amostra disso, é a ferramenta
de aconselhamento e otimização de custos disponibilizada a seus clientes, pela
qual a AWS permitiu a redução de custo da ordem de US$ 350 milhões.

“Estamos reinventando a experiência com o consumidor em
vários setores e mudando os negócios. Não queremos só o dinheiro das
companhias, mas sim construir uma relação duradoura”, disse.

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