A jornada da Rumo All Logística em busca da TI Bimodal

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2:46 pm - 21 de abril de 2016
A jornada da Rumo All Logística em busca da TI Bimodal

Fruto da união, em 2014, das empresas Rumo e All, a Rumo All Logística é parte do Grupo Cosan e é composta, hoje, por quatro concessões ferroviárias no Brasil, totalizando 12,9 mil km de ferrovias, cerca de 1 mil locomotivas e 27 mil vagões, por meio dos quais transporta commodities agrícolas e produtos industriais.

Após a união das companhias, a TI buscou ser mais ágil e como resposta surgiu a TI Bimodal. Robson Schmidt, gerente de TI da Rumo All Logística, explicou durante Intercâmbio de Ideias no IT Forum 2016, que acontece de 20 a 24 de abril na Praia do Forte (BA), que o modo um é o modelo tradicional de TI que conhecemos, responsável por manter rotinas de operação da empresa – priorizando escalabilidade, eficiência, segurança e precisão. É focado em processos e melhores práticas (ITIL, Cobit, PMI, entre outros). Já o modo dois é uma nova abordagem, concentrada em gerar inovação para impulsionar os negócios. Prioriza agilidade, velocidade e aprendizado. 

“Essa tendência chega forte e, segundo o Gartner, até o próximo ano, 75% das empresas terão uma abordagem Bimodal”, observa, comparando o modo um com um maratonista, que imprime confiabilidade e tem um preço por seu desempenho, e o modo dois com um velocista, que busca constante agilidade e pode ser favoravelmente aplicada à projetos novos e incertos.

Para ingressar na era Bimodal, Schmidt relata que a organização optou por migrar, em novembro de 2015, seus serviços de TI para o Centro de Serviços Compartilhados (CSC) do Grupo Cosan, contando, hoje, com cerca de 400 colaboradores. “Assim, a TI da Rumo All Logística, responsável pela TI Bimodal e gestão da TI, ganhou mais produtividade e pôde focar em inovação”, explicou.

Já o data center, totalmente alinhado à Lei Sarbanes-Oxley, fica sob gestão da Raízen em Piracicaba. “O centro de dados é 100% dedicado para nossa operação para garantir disponibilidade, pois não adianta inovar sem ter as bases muito bem estabelecidas”, contou, acrescentando que qualquer parada de meia hora nos sistemas dos trens pode fazer com que 300 deles fiquem inoperantes.

Com essa mudança, já no ano passado, rapidamente a TI arregaçou as mangas e colocou em prática projetos de inovação que trazem grandes retornos para a empresa. Um exemplo citado por ele foi um projeto que vai levar mobilidade para as mãos de mais de 2 mil maquinistas. No cenário anterior, uma pessoa da empresa tinha de ligar um dia antes para o maquinista avisando sobre seu turno. A complexidade desse processo era enorme em razão da quantidade de profissionais. Como o processo era manual, poderia, eventualmente, gerar erros. 

Com o smartphone, o maquinista será avisado por lá sobre seu turno, poderá bater ponto no dispositivo e a área de recursos humanos vai controlar férias e horas extras de forma eletrônica. “Como próximo passo, queremos incluir treinamentos por meio do smartphone, além de de gamification”, afirmou.


Quebra de paradigmas 

Schmidt observa que depois das mudanças na TI, apostando em uma TI Bimodal, houve profundas transformações na forma como a área de negócios passou a enxergar o departamento. “Antes, éramos vistos como executores. Agora, somos parceiros, e o pessoal nos chama para discutir soluções e processos.”

O próprio time Bimodal conta com pessoas das áreas de negócios que discutem, de igual para igual, como serão os projetos. “A aceitação e a participação mudaram muito. Eles nos procuram para ações conjuntas”, orgulha-se. 

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