5G traz oportunidades para a economia na América Latina

Novo padrão de internet móvel deve atrair até 90 bilhões de dólares para a região

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5:20 pm - 18 de setembro de 2020
5G na América Latina

As operadoras e fabricantes de tecnologia móvel não escondem a empolgação com a chegada das redes 5G na América Latina. Segundo dados divulgados pela 5G Américas, embora incipientes, cinco redes 5G começaram a operar ao longo de 2019 na região.

Pelo menos 30 testes foram realizados em 12 países. A maioria deles relacionados ao uso do eMBB em smartphones. Também foram realizados testes de sessões de realidade aumentada, aplicativos de Internet das Coisas (IoT) para a indústria e cidades inteligentes, tele saúde e banda larga sem fio. Cerca de 60% deles se concentraram em três: no Brasil foram dez, enquanto no Chile e no Peru, quatro cada.

Os números acima reforçam que 5G é uma oportunidade para o crescimento de América Latina como economia digital. Também ajudará as empresas a competir a nível internacional. Para 74% das empresas entrevistadas, a tecnologia atrai investimentos justamente por oferecer maior velocidade de transferência de dados, além de 41% apontarem a permissão de implantação de edge computing e 31% a redução da latência dos serviços.

Muitas organizações ainda afirmam que o 5G será fundamental para uma maior adoção da Internet das Coisas (IoT), como mostra a Juniper Research, empresa de pesquisa de tendências em tecnologia digital. A estimativa é de que o número total de conexões IoT aumente de 35 bilhões em 2020 para 83 bilhões em 2024.

Já se sabe que a rede 4G não suporta o crescente volume de dispositivos móveis conectados à Internet das Coisas. Então, o 5G será o responsável por esta tarefa, auxiliando no aumento de dispositivos e aplicativos conectados. Ela irá contribuir para o maior desenvolvimento de, por exemplo, cirurgias remotas e carros autônomos, entre outros equipamentos que necessitam de alta velocidade e baixa latência.

Enfrentando o desafio do 5G na América Latina

Cada geração de tecnologia veio para resolver um problema. A tecnologia 2G veio para permitir que cada pessoa tivesse um celular, o que a tecnologia analógica não permitia; O 3G surgiu para conectar o serviço de voz na internet, permitindo a troca de mensagens e e-mail pelo celular; 4G já era uma mudança muito maior, trazendo banda larga e transformando o smartphone em um computador.

O 5G na América Latina veio para superar os próximos desafios. Ele pode conectar tudo na nuvem de forma confiável, permitindo uma infinidade de serviços, inclusive banda larga. Esta tecnologia foi desenvolvida para utilizar todo o espectro existente, sem exceção, desde as frequências mais baixas às novas frequências, passando pelas ondas milimétricas.

Atualmente, as organizações de telecomunicações de enfrentam uma série de desafios à medida em que migram para 5G usando data centers em nuvem. Muitas estão mudando principalmente de ambientes físicos com técnicas de autenticação primitivas, com uso mínimo de criptografia e chaves pré-compartilhadas.

Essas infraestruturas tradicionais são de capital intensivo em escala, ineficientes e inflexíveis, retardando a entrega de novos serviços e o tempo de colocação no mercado. Cada vez mais, estas empresas estão adotando modelos de negócios mais dinâmicos, construídos em torno de uma mentalidade DevOps. Esses ambientes 5G e em nuvem são virtualizados, dinamicamente escalonáveis ​​e permitem agilidade de negócios incomparável e escalabilidade suave.

Segurança, escalabilidade e integridade operacional

Para oferecer suporte à sua transformação e permitir um tempo de lançamento mais rápido para os produtos, os provedores de telecomunicações exigem uma plataforma projetada para os modelos de negócios modernos, nativos da nuvem e altamente dinâmicos. A plataforma deve fornecer autenticação forte em ambientes locais e em nuvem, além da capacidade de desempenho em escala nas maiores redes do mundo. Ou seja, as soluções adotadas pelas empresas devem:

1. Ter segurança robusta de IoT, estabelecendo uma raiz de confiança por meio de PKI para autenticação, criptografia e integridade de dados. Uma ferramenta simples de gerenciamento de identidade, que permite que as organizações atribuam e gerenciem a identidade do dispositivo em grandes ou pequenos volumes em qualquer estágio do ciclo de vida, operando com visibilidade total sobre os certificados emitidos para os dispositivos.

2. Escalabilidade para ambientes 5G e nuvem, com suporte para uma variedade de protocolos de gerenciamento de certificados, incluindo RESTful API, EST, CMPv2 e EST.

3. Suporte para ampla integridade operacional para atender aos requisitos de conformidade e mandatos legais. Utilizando metadados, as telecomunicações precisam de uma solução que possibilite uma integração mais ampla de ferramentas que antes não eram capazes de compartilhar informações e se integrarem perfeitamente umas às outras. Ao reunir uma ampla gama de dados de várias fontes, permitirá que as organizações obtenham uma visão e valor adicionais para apoiar o gerenciamento de dispositivos.

Conforme as telecomunicações, os fabricantes e outras organizações mudam para modelos cada vez mais dinâmicos, eles precisam de ferramentas que forneçam flexibilidade e escalabilidade rápida, necessárias para suportar 5G na América Latina e migração para a nuvem.

Uma abordagem interessante é investir em tecnologias que usam uma implementação baseada em contêiner, agnóstica em nuvem e que permitem que as organizações provisionem e incorporem identidade de dispositivo em qualquer estágio do ciclo de vida do dispositivo, desde a fábrica até a implantação do dispositivo em uma variedade de ambientes. Ele permite que os clientes simplifiquem a identidade, autenticação, criptografia e integridade do dispositivo com um único clique e combine a visualização dos dados do dispositivo com dados criptográficos, de fabricação e de processo de fábrica.

*Dean Coclin é diretor sênior de Desenvolvimento de Negócios da Digicert

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