5 tendências que vão moldar os negócios em 2025, segundo Bernard Marr

Futurista e conselheiro de empresas destaca IA generativa, sustentabilidade e hiperautomação como pilares da transformação empresarial

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3:00 pm - 01 de outubro de 2024
Imagem: Shutterstock

As principais tendências que moldarão os negócios em 2025 incluem a integração da IA generativa, a adoção de práticas sustentáveis, a hiperautomação, a personalização da experiência do cliente e a resiliência diante de incertezas globais. Essas transformações exigirão que empresas se adaptem rapidamente para garantir competitividade, conforme destaca o futurista Bernard Marr em seu mais recente artigo para a Forbes, onde ele explora como essas mudanças impactarão diversos setores.

À medida que nos aproximamos da segunda metade da década, Marr ressalta que vê “poucas razões para acreditar que o ritmo dessa transformação diminuirá”. Segundo ele, “para aqueles que desejam sobreviver e prosperar no ambiente de negócios atual, é fundamental entender as tendências que impulsionam essa convergência dinâmica de inovação, ameaças e oportunidades”. Por isso, em sua análise anual, Marr destaca as tendências mais impactantes para o ano seguinte, afirmando que “compreender essas tendências é vital para quem deseja aproveitá-las para o crescimento e obter vantagem competitiva”.

O autor prevê que, em 2025, as organizações começarão a integrar essas tecnologias de forma mais estratégica, indo além do uso de chatbots e criando novas oportunidades em setores como saúde e manufatura. Ele sugere que essa adoção pode transformar modelos de negócios tradicionais, à semelhança do impacto gerado pela IA em empresas como Google e Amazon.

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“(…) Durante a onda anterior de transformação da IA, vimos empresas como Google, Amazon e Netflix repensarem suas estratégias do zero para se concentrarem no aprendizado profundo. Ao fazer isso, elas transformaram modelos de negócios existentes, como publicidade on-line, varejo e streaming de mídia”, escreveu Marr. “Isso ainda não aconteceu com a IA generativa, pois o que vimos até agora envolveu principalmente empresas adicionando funcionalidades generativas a serviços existentes. Interessante, mas não verdadeiramente transformador”.

Outro ponto crucial no levantamento é o avanço das práticas de sustentabilidade e economias circulares. Marr observa que a pressão regulatória e a demanda dos consumidores por negócios mais ecológicos levarão as empresas a adotarem práticas que reduzem desperdícios e reutilizam materiais, contribuindo tanto para a preservação ambiental quanto para a economia de recursos.

“Importante destacar que isso não se trata apenas de ‘greenwashing’ [lavagem verde] ou evitar danos à reputação. Ou até mesmo da ameaça de multas por não conformidade com as regulamentações ambientais. Cada vez mais, as organizações estão descobrindo que negócios sustentáveis são negócios lucrativos”, disse Marr.

Bernard Marr destaca que a adoção de produtos mais duráveis e reutilizáveis por parte dos fabricantes pode resultar na redução da dependência de matérias-primas que estão se tornando cada vez mais escassas e caras. Ele também menciona que a transição para veículos elétricos proporciona aos operadores de frotas benefícios significativos, como custos de combustível mais baixos e menores despesas de manutenção.

A hiperautomação é outra tendência que Marr destaca como fundamental. Ele prevê que, em 2025, as empresas serão cada vez mais conectadas por algoritmos inteligentes que analisarão dados em tempo real, permitindo decisões ágeis e automação de processos em diversos setores, como atendimento ao cliente e operações logísticas.

“A ideia de uma empresa inteligente tem sido uma ambição há algum tempo. Mas, à medida que as empresas ganham confiança no uso estratégico da IA, indo além de pilotos e provas de conceito, veremos isso se tornar uma realidade em 2025”, diz o artigo. “Além desse trabalho de ‘conhecimento’ ou tomada de decisões, uma quantidade crescente do trabalho real, desde a comunicação com clientes até a coleta e empacotamento de pedidos e realização de entregas, também será cada vez mais automatizada”.

Marr também ressalta a importância crescente da experiência do cliente (CX) como fator decisivo para o sucesso das empresas. “Em 2025, a experiência do cliente (CX) será cada vez mais vista como o principal diferencial entre os concorrentes que fornecem bens e serviços”, afirma. Com o uso de dados e IA, será possível oferecer experiências hiperpersonalizadas em escala, que atendam às expectativas dos consumidores em diferentes canais de contato, garantindo um serviço contínuo e de alta qualidade, segundo Marr.

Além disso, segundo o autor, as estratégias omnichannel estão se tornando cada vez mais sofisticadas, assegurando uma transição suave entre os pontos de contato on-line e off-line, além de oferecer uma experiência de marca unificada, independentemente de onde ou como o cliente opta por se engajar.

Marr também destaca a necessidade de resiliência diante das incertezas econômicas e geopolíticas. Para ele, a resiliência vai além de “resistir à tempestade”; trata-se de “desenvolver a capacidade de responder ao inesperado” e se transformar rapidamente quando necessário. Ele enfatiza que compreender os riscos, como interrupções na cadeia de suprimentos e a escassez de mão de obra, é fundamental para uma resposta proativa.

Ele alerta que as empresas que souberem se preparar para lidar com interrupções na cadeia de suprimentos e flutuações de mercado, utilizando IA e práticas ágeis, estarão mais bem equipadas para sobreviver e prosperar.

“Com sua capacidade preditiva, tecnologias como IA certamente desempenharão seu papel. Mas, igualmente, a adoção de práticas ágeis, incluindo cadeias de suprimentos dinâmicas e gestão de força de trabalho flexível, também será essencial. Ignorar as lições aprendidas durante a pandemia no início desta década seria claramente um grande erro, mas a mensagem principal é esperar – e estar preparado – para o inesperado”, escreveu.

*Com informações de Forbes

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