5 pontos para ter em mente ao adotar a nuvem híbrida

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11:11 am - 20 de junho de 2017

A nuvem híbrida é um dos tópicos em evidência em TI e refere-se ao uso das nuvens privada e pública em paralelo. Assim como outras tendências em TI, não existe um conceito padrão ou uma definição geralmente aceita para o termo e ainda há espaço para múltiplas interpretações, explica Jürgen Thiel, gerente de desenvolvimento de negócios da Paessler no Brasil, que aborda cinco pontos relevantes para manter uma nuvem híbrida em funcionamento.

1. Modelos de nuvem híbrida
Há duas motivações básicas relacionadas à nuvem híbrida que são comuns a todos:
Escalonamento – Uma empresa que opera sua própria nuvem, dizemos que utiliza “nuvem privada”. Se a demanda por recursos e computação extras aumenta temporariamente, então a empresa escala seus recursos por outsourcing, processando parte deles numa nuvem pública. Assim, a companhia escala seu datacenter para lidar com a carga de tráfico normal, ao invés de precisar investir em mais recursos para lidar com picos de carga. Quando a demanda volta a diminuir, a empresa simplesmente para de usar a nuvem pública.

Segurança – Para se beneficiar da nuvem sem a necessidade de terceirizar processos e dados sensíveis, a empresa pode manter aplicações e dados estratégicos na sua nuvem privada e os processos não críticos na nuvem pública. Em ambos os casos, a integração da nuvem privada com a pública implica um projeto de fluxos de trabalho.

2. Disponibilidade
Independentemente do porque um projeto de nuvem híbrida está sendo introduzido, a configuração e os mecanismos de controle contínuos são críticos. O valor de cada tipo de nuvem está na disponibilidade dos serviços. Para garantir essa disponibilidade, o monitoramento contínuo e abrangente de todos os componentes da nuvem é de fundamental importância, tanto na pública como na privada, e claro, na infraestrutura de rede subjacente, que é o pré-requisito para os processos de transferência de dados entre nuvens pública e privada.

As possibilidades de monitoramento da nuvem pública são relativamente limitadas. Existe um limite de ferramentas do fornecedor para monitorar a performance geral dos serviços em nuvem, como o Amazon CloudWatch. No entanto, você pode acompanhar o desempenho das aplicações utilizadas. Mesmo não tendo acesso ao hardware subjacente, você conta com um Acordo de Nível de Serviço (SLA) para as várias opções oferecidas pelo provedor de serviço.

Em geral, não é o caso com uma nuvem privada e a rede. Se é você mesmo quem as opera, você também é responsável pela disponibilidade e performance, e deve configurar um monitoramento apropriado. Os requerimentos para o monitoramento de nuvem privada e da infraestrutura convencional de TI possui sobreposição significante. Sendo assim, convém usar uma solução central de monitoramento tanto para a nuvem pública como privada, e também para a rede. O que então precisa ser feito, e que cuidados devem ser tomados?

3. Monitoramento de nuvem pública
Como já mencionado, as opções são limitadas: se você não tem acesso, não deveria se preocupar com o hardware subjacente. E também não pode monitorar a aplicação na nuvem. No entanto, sua solução de monitoramento deve oferecer suporte às ferramentas do fornecedor, como o Amazon CloudWatch, fora da caixa. Também é vantajoso quando as consultas pré-definidas estão disponíveis para as ofertas de nuvem mais importantes como Dropbox, Gitlab e Google Drive. No entanto, dificilmente um software de monitoramento pode fornecer todos os recursos necessários. Por isso é importante ter disponível uma API documentada, que possa ser usada para integrar ferramentas dos provedores de nuvem menos utilizados, sem muito esforço.

4. Rede e nuvem privada
A nuvem privada roda no seu hardware e é acessada através de sua rede. É parte da sua infraestrutura de TI e, logo, é sua responsabilidade. No entanto, a sua rede ou infraestrutura também tem importância em relação a nuvem pública, porque você precisa garantir que os usuários tenham acesso seguro e de alto-desempenho à nuvem pública o tempo todo. É essencial monitorar a performance da rede, por exemplo, com uma solução que atenda aos protocolos comuns – como SNMP, flow e pacote de espionagem, a fim de identificar tráfego e gargalos. A ferramenta deve ser capaz de monitorar plataformas virtualizadas e aplicações padrões, como base de dados e servidores Web (claro que aqui uma API é bastante importante). A partir da nuvem privada, aplicações e dispositivos de rede são tão relevantes como na nuvem pública, mas eles podem ser fora do padrão e, portanto, não podem ser suportados out-of-the-box.

5. Requisitos Gerais
Além das funcionalidades de monitoramento da nuvem privada, pública e da infraestrutura de TI, a escolha de uma solução de monitoramento apropriada deve levar em conta os requisitos usuais em qualquer avaliação de software:

Relação custo-desempenho – Atenção a custos adicionais de implementação e manutenção.

Usabilidade – Teste o software, inclusive a instalação, para ter uma noção dos esforços necessários para implementar e fazer a manutenção. O ideal é que você tenha a possibilidade de converter o ambiente de teste no ambiente de produção tão logo o software seja adquirido.

Monitoramento de locais distribuídos – Se você deseja monitorar múltiplas e diferentes nuvens além da sua própria rede, você vai precisar de instalações em locais diferentes. Há diversos modelos disponíveis que diferem em arquitetura e preço. A solução de melhor custo benefício em termos de esforço e custos é geralmente empregada para monitorar múltiplos sites (locais) usando mecanismos que coletam dados e os envia para uma central do software para avaliação.

Conclusão
Uma operação híbrida da TI eficaz depende de vários fatores. Por isso, optar por um monitoramento abrangente irá assegurar a disponibilidade e o desempenho, pois possibilita manter os olhos tanto na nuvem pública como na privada, assim como na infraestrutura tradicional de TI.

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