5 perguntas para a nova diretora de Operações da 500 Startups no Brasil

Itali Pedroni Collini tem a missão de fortalecer a presença fundo global de venture capital de early stage no País

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3:19 pm - 09 de novembro de 2018

Anunciada recentemente como diretora da Operação da 500 Startups no Brasil, a economista e empreendedora Itali Pedroni Collini tem a missão de fortalecer a presença fundo global de venture capital de early stage no País e conectar não apenas ao portfólio brasileiro, que conta com mais de 40 startups, mas também a todo o ecossistema nacional ao Vale do Silício e aos recursos e redes globais. A executiva respondeu 5 perguntas sobre o desafio de representar, no Brasil, um dos fundos mais ativos do mundo, com mais de 2000 investimentos realizados ao redor do globo. Confira.

Como é fazer parte do time da 500 Startups?

Receber a notícia de que havia sido selecionada foi incrível! Fazer parte do time da 500 Startups é desafiador e muito motivador, primeiro porque se trata de uma organização que já investiu em mais de 2.000 startups em mais de 60 países e em 5 continentes do planeta, o que mostra o potencial em escala da sua atuação. Somente no Brasil a 500 Startups já investiu em mais de 40 startups e conta com excelentes cases, como ContaAzul e VivaReal, que valem hoje mais de US$ 100 milhões cada uma. Segundo porque tem um dos programas de aceleração mais respeitados do mundo e vê no ecossistema brasileiro uma grande oportunidade de desenvolvimento em rede global.

Quais são os principais desafios?

Um dos principais desafios da 500 Startups Brasil hoje consiste em ajudar a desenvolver um ecossistema empreendedor que converse com o as corporações de modo a despertar o melhor dos dois mundos. Além disso, elevar o preparo de investidores para startups early stage, promover a diversidade no ecossistema e aproximar startups brasileiras dos profissionais do Vale do Silício por meio do Hub em Miami também são desafios atuais.

O que as startups investidas podem esperar de você?

Me coloco à disposição das startups investidas para auxiliar na comunicação entre elas e a 500 Startups nos Estados Unidos, para fazer pontes com potencial de negócios e aproximar investidores. Além disso, pretendo fomentar interações entre as startups do portfólio para fortalecer a nossa comunidade no Brasil.

Como você vê o cenário de inovação no Brasil e na América Latina?

O cenário de inovação no Brasil floresceu nos últimos 10 anos e é destaque em número de aceleradoras, por exemplo, com 40 existentes no país, frente a 250 no mundo, de acordo com dados da FGV. Na América Latina o desenvolvimento do setor também foi grande e isso reflete nos números, de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) os jovens latino-americanos são mais favoráveis ao empreendedorismo que os europeus, 41% dos latino americanos pensam em empreender frente a 19% no velho continente.

Porém a inovação não é nem deveria ser feita apenas no ecossistema de empreendedor, por isso a mais nova tendência consiste em não só fomentar o empreendedorismo, mas também aproximar empresas já consolidadas do ecossistema empreendedor para que haja trocas construtivas em termos de inovação em produtos, processos e pessoas. Nesse contexto, a inovação aparece também no intraempreendedorismo, conceito que tem sido fortalecido com parcerias entre empresas e aceleradoras.

Quais setores despertam a atenção da 500 Startups no Brasil?

A 500 Startups tem uma tese de investimento bastante abrangente e isso permite a empreendedores com altas taxas de crescimento, dos mais diversos setores e lugares do mundo, se inscrevam para aceleração e investimento. Alguns setores que interessam e já investimos são: Fintechs – como a QueroQuitar, Healthtechs – como a BoaConsulta e ProntMed, Developer Tools – como a IDWall e Runrun.it, Online to Offline – como a Olist.

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