5 fases estratégicas para fortalecer a resiliência dos modelos de negócios durante crise do coronavírus

CIOs devem se envolver ativamente na estruturação de novos modelos de negócios, segundo o Gartner

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8:19 am - 26 de março de 2020

O modelo de negócio conhecido pelas empresas está sob ameaça com as mudanças forçadas pelo surto do coronavírus. É essencial que as empresas adotem uma abordagem estratégica e sistemática para fortalecer a resiliência dos modelos atuais para continuidade nos negócios durante a pandemia.

“As empresas tendem a ter estratégias e planos tradicionais de continuidade de negócios que se concentram na continuidade dos recursos e processos, mas omitem o modelo de negócios. No entanto, o próprio modelo de negócios pode ser uma ameaça à continuidade das operações em eventos externos, como o surto global de COVID-19”, diz Daniel Sun, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner.

Os CIOs podem desempenhar um papel fundamental no processo para aumentar a resiliência do modelo de negócios atual e garantir operações contínuas, pois as tecnologias e os recursos digitais podem influenciar todos os aspectos dos modelos de negócios, segundo prevê a consultoria.

Embora os CIOs normalmente não liderem o processo de definição de modelos de negócios, eles devem se envolver de maneira proativa com os líderes seniores de negócios para analisar 10 questões-chave relacionadas aos modelos atuais. Isso é fundamental para os CIOs participarem ativamente da modificação dos modelos de negócios atuais.

“Os CIOs devem participar ou coordenar as sessões de brainstorming para identificar quaisquer incertezas dos surtos de COVID-19. Os CIOs podem compartilhar algumas das incertezas e ameaças em potencial da TI, como problemas com a infraestrutura, aplicativos e sistemas de software”, diz Sun.

A seguir, confira as cinco fases estratégicas que CIOs precisam ter como guia, segundo o Gartner.

Fase 1 – Definir o modelo de negócios

Diante da contingência de surtos de COVID-19, as empresas devem primeiro se concentrar em seus principais clientes, essenciais para a continuidade de suas operações, e depois se referir a um processo de definição de seus modelos de negócios atuais, fazendo perguntas focadas em seus clientes, proposições de valor, capacidades e modelos financeiros.

Fase 2 – Identificar incertezas

Essa etapa pode ser realizada por meio de uma análise de força, fraqueza, oportunidade e ameaça ou através de brainstorming. Dada a ampla gama de incertezas e ameaças, essa etapa pode se beneficiar de um grupo heterogêneo de participantes com diversas origens e interesses, principalmente onde a TI normalmente está envolvida. As empresas devem se concentrar nos riscos que a incerteza representa para os componentes do modelo de negócios.

Fase 3 – Avaliar o impacto

Membros multidisciplinares devem formar uma equipe de projeto para avaliar, ou até quantificar, o impacto das incertezas identificadas. Os CIOs podem identificar os possíveis impactos a partir da perspectiva de TI.

Fase 4 – Alterações no projeto

Neste ponto do processo a ênfase é desenvolver estratégias experimentais, ao invés de estimar sua viabilidade. A seleção e execução de alterações seguirão na próxima fase. Os CIOs e TI devem aproveitar as tecnologias e os recursos digitais para facilitar as mudanças projetadas.

Fase 5 – Executar alterações

A decisão sobre quais alterações devem ser executadas é, sobretudo, uma decisão para as equipes de liderança sênior. As estratégias para mudanças definidas na Fase 4 fornecem informações essenciais para esse processo de decisão. As equipes de liderança sênior devem selecionar as estratégias que consideram mais convincentes para implementar, que geralmente são baseadas em cálculos econômicos e intuição.

“Depois que as equipes de liderança sênior selecionam as iniciativas de mudança de negócios e de TI, os CIOs devem aplicar uma abordagem ágil na execução das iniciativas. Por exemplo, eles podem formar uma equipe ágil (produto) de membros da equipe multidisciplinar, permitindo o alinhamento entre negócios e TI e garantindo velocidade e qualidade de entrega. Em crises como o surto de COVID-19, agilidade, rapidez e qualidade são cruciais para permitir a continuidade das operações”, explica Sun.

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