Se com o 4G as expectativas diziam respeito principalmente às mudanças na vida das pessoas comuns, com o 5G os olhares se dirigem para as empresas. As grandes velocidades e baixíssimas latências características das soluções móveis de próxima geração devem impulsionar aplicações de computação de borda (edge) e nuvem (cloud), internet das coisas (IoT), inteligência artificial (IA), entre outras.
São tecnologias capazes de transformar drasticamente a produtividade da maior parte dos setores da economia. Se com o 4G houve principalmente uma revolução dos aplicativos, com o 5G, além dos serviços, setores industriais e agrícolas terão a eficiência incrementada de forma exponencial.
O edital aprovado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mas ainda em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU), prevê redes 5G operacionais nas 26 capitais do Brasil e no Distrito Federal em julho de 2022. Para todas as cidades do Brasil com mais de 30 mil habitantes, o prazo é julho de 2029.
A expectativa do governo federal é de que o leilão aconteça ainda no 1º semestre de 2021.
Segundo especialistas da Claranet e da Huawei, as áreas que mais serão mais beneficiadas com a chegada da nova geração da internet móvel ao Brasil são:
Setores de óleo, gás e mineração, que são intensivos em capital, e cujos produtos são commodities, eficiência e mitigação de riscos ambientais são fatores críticos para o desenvolvimento e crescimento. A aplicação do 5G na automação de máquinas e operações irá reduzir custos e riscos aos trabalhadores.
É a que apresenta o mais alto potencial de benefícios com as aplicações em 5G, dizem os especialistas. A implementação no setor deve ser a mais rápida entre todos e irá permitir a otimização de recursos a partir dos dados das plantas e algoritmos, que constantemente configuram a produção para os melhores resultados de produtividade e qualidade.
A melhoria em tempo real captura o alto benefício das aplicações em 5G, com o tempo de implementação razoável e ganhos estimados em mais de R$210 bilhões.
O uso dessa tecnologia vai permitir o avanço da agricultura indoor e de precisão, além do gerenciamento baseado em dados, que vai integrar e possibilitar a telemetria e sensores, uso de drones e análises mais precisas do clima. Medidas de correção e ajustes serão mais precisas e facilitarão a tomada de decisão dos produtores, bem como a identificação de problemas pontuais no campo e o aumento do monitoramento da lavoura.
Entre as aplicações em desenvolvimento, temos os caminhões automatizados, equipados para a comunicação veículo a veículo; pontos inteligentes que serão geridos a partir de unidades centrais; guindastes inteligentes utilizados para descarregar grandes navios cargueiros; trens sem a presença de condutores; robôs conectados irão planejar e executar atividades como coleta e classificação de materiais, que juntas apresentam um impacto estimado na economia do país, na casa dos R$ 11 bilhões.
Além dos quatro, outros segmentos deverão ser otimizados. “A internet das coisas (IoT) passará a funcionar de forma efetiva, já que o baixíssimo tempo de resposta nas conexões, irá habilitar de vez a conectividade entre as máquinas”, diz Nicolas Driesen, solutions representative da Huawei. “Indústrias intrinsecamente tecnológicas, como a do entretenimento e os videogames, com especial destaque aos eSports, também serão transformadas com o 5G.”
O avanço da conectividade também traz riscos, como o aumento no número de ameaças. Para Diogo Barroso, CTO da Claranet, é preciso que as empresas estejam atentas às vulnerabilidades da infraestrutura de telecomunicações, além da segurança e privacidade do usuário.
“Ao mesmo tempo que a chegada
do 5G nos proporciona muitas vantagens, ela levanta novas preocupações
referentes à segurança, principalmente de endpoint. Mais dispositivos
conectados implicam em maior superfície de ataque para os
cibercriminosos”, explica.
Isso porque o 5G possibilita mais conexões, mais
distantes e com maior largura de banda do que as gerações anteriores, além de
aumentar a superfície de ataque, faz com que a estruturas de Data Centers e
Backbones tenham que se adaptar à esta nova capacidade.
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