4 dicas para tirar os planos do papel e abrir a sua startup

Conhecimento e diversidade são características para ter sucesso no empreendedorismo, aponta co-head do Cubo Itaú

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2:00 pm - 15 de fevereiro de 2021
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Não é segredo que a pandemia acelerou a transformação digital de diversos setores da economia. Com isso, veio uma demanda maior por soluções inovadoras em diferentes áreas de negócios.

Apesar dos desafios, isso tem se mostrado um cenário positivo para o empreendedorismo tecnológico. Segundo Renata Zanuto, co-head do Cubo Itaú, o cenário segue sendo uma grande aposta para os próximos anos.

“Essa aceleração trouxe diversas oportunidades para o universo empreendedor. As grandes empresas já vinham neste processo de estarem próximas às startups, fomentando o ecossistema de inovação, e em 2020 esse movimento foi essencial para que todos sobrevivessem às dificuldades”, afirma.

No ano passado, por exemplo, as startups do Cubo Itaú tiveram um crescimento médio de três vezes em relação a 2019. As organizações também geraram mais de 3,2 mil empregos. Esse bom desempenho teve como consequência investimentos de mais de R$1 bilhão, sejam em aportes ou aquisições.

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“O ecossistema brasileiro de startups está cada vez mais maduro, fortificado e com destaque mundial”, pontua.

Para quem pretende tirar sua ideia do papel e apostar no empreendedorismo neste ano, a executiva dá quatro dicas importantes. Confira:

Apaixone-se pelo problema

De acordo com Zanuto, empreendedores devem sempre ter em mente o problema que precisa ser resolvido, não a solução criada. Muitas vezes, os fundadores e fundadoras ficam focados em fazer suas ideias darem certo ao invés de focar nos diferentes caminhos para resolver a dor de seus clientes. Mesmo startups que nasceram com um propósito inicial mudaram a direção ao longo do tempo e se adequaram às novas necessidades.

“Podemos citar como exemplo o case do iFood, que, a princípio, era especializado no delivery de refeições. Hoje ele possui supermercado e itens de conveniência, demanda sinalizada por seus usuários”, aponta a co-head.

Gestão

Uma das principais características para ser um bom empreendedor é desenvolver a habilidade de gestão – seja a gestão de tempo, de talentos, de recursos ou financeira. É importante trocar experiências com pessoas que já passaram pelo mesmo processo e coletar insights para os adequar ao seu modo de gestão.

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“Destacaria principalmente a saúde financeira da startup. Tenha em mente quanto tempo você consegue sobreviver sem receita e sem investimentos. O ideal é que você tenha um caixa preparado para aproximadamente 18 meses, que é o tempo que leva para uma empresa começar a decolar”, explica Zanuto.

Diversidade

Como ninguém chega a lugar nenhum sozinho, na hora de montar seu time, leve em conta a diversidade. “Por anos, pequenas, médias e grandes empresas tiveram muita dificuldade de entender que quando há diferentes olhares sobre um mesmo assunto, a chance de sucesso é extremamente maior. Isso porque cada um tem um histórico e uma perspectiva, o que somados, tornam-se complementares”, afirma a co-head do Cubo.

Segundo o estudo Diversity Matters, da consultoria McKinsey & Company, empresas da América Latina têm uma relação positiva entre performance e diversidade, seja ela de gênero, orientação sexual ou etnia. Por exemplo, as empresas percebidas pelos funcionários como tendo diversidade em termos de gênero têm probabilidade 93% maior de superar a performance financeira de seus pares na indústria.

Feito é melhor do que perfeito

Por fim, outra lição que as startups têm dado para as grandes empresas e a novos empreendedores é que “feito é melhor do que perfeito”. Empreendedores precisam estar em constante aprendizado, criar estratégias bem determinadas para a empresa e adequá-las às novas necessidades e realidades do mercado, conhecendo setor e concorrentes para ser melhor do que eles e se destacar.

“Um bom planejamento e plano de negócios é importante, mas ele não significa nada se você não o colocar em prática. Comece com uma operação pequena e vá se adequando ao mercado de forma rápida, conhecendo seu cliente e as adversidades. Assim sua perspectiva estará mais próxima da realidade do mercado e ajustes de operação, estratégia ou percurso podem ser feitos nos processos iniciais da startup”, revela Renata.

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