4 ciberataques que poderão afetar e-commerces na Black Friday

Akamai lista os principais ataques contra o varejo online

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3:40 pm - 23 de novembro de 2022
e-co,mmerce Foto: Shutterstock

Com o comércio eletrônico sendo uma das maneiras mais populares de realizar compras, especialmente em datas importantes para o varejo, como a Black Friday, a segurança digital tornou-se uma preocupação tanto para o consumidor quanto para as próprias empresas que comercializam seus produtos em e-commerces.

Segundo dados da Akamai Technologies, entre abril de 2021 e setembro de 2022, as lojas virtuais brasileiras registraram 162 milhões de ataques de aplicações web. Para Helder Ferrão, gerente de marketing de indústrias da empresa, além do prejuízo comercial e vazamento de dados sensíveis, os ciberataques podem danificar a reputação de uma marca, fazendo com que o nome daquela empresa fique comprometido e perca credibilidade frente aos consumidores e associados.

Em uma época do ano em que os e-commerces ganham relevância por datas como a Black Friday e o Natal, a Akamai listou 4 dos ataques mais frequentes que têm afetado os e-commerces mundialmente:

  1. Ransomware

Conhecido como sequestro de dados, o ransomware usa técnicas para instalar um malware dentro dos sistemas de uma empresa com o intuito de comprometer, roubar e criptografar arquivos importantes, tornando-os inacessíveis. Uma alta quantia em dinheiro, um resgate, é exigido em troca da descriptografia dos dados e da promessa de que estes não serão divulgados ou vendidos.

Um estudo realizado pela IBM revelou que o varejo foi um dos setores mais atacados no Brasil em 2021, correspondendo a 15% dos ataques de ransomware no país. “O ransomware é uma das modalidades de ciberataque mais populares e, em épocas de muitas compras, as possibilidades de atuação dos cibercriminosos aumenta, o que requer um reforço na segurança das informações e dos acessos aos aplicativos por parte das empresas“, avalia Helder.

  1. DDoS

Nesse ataque, os cibercriminosos comprometem a capacidade de processamento das solicitações dos sites das empresas ou a capacidade de comunicação das estruturas de tecnologia, como se tivessem centenas de pessoas acessando o site ao mesmo tempo.

Dados da Akamai mostraram que, entre maio de 2021 e abril de 2022, o setor de comércio correspondeu a 2% de todos os ataques DDoS mundiais. “Esse tipo de ataque é relativamente comum em grandes empresas de e-commerces. Não é raro vermos na mídia que sites de grandes varejistas ficaram fora do ar devido a ciberataques como este, causando prejuízos milionários. Muitos usuários, ao notarem que um site está indisponível, vão realizar suas compras em outro, que muitas vezes é um concorrente da empresa atacada. Além da perda da receita imediata, ainda existe o impacto negativo para a imagem, prejudicando receitas futuras”, analisa Ferrão.

  1. Bot

Dentre as diversas variações de Bot, uma das mais utilizadas é a que realiza compras em massa de artigos que estão em promoção numa velocidade muito maior do que uma pessoa faria. O objetivo é esgotar os estoques da loja oficial para depois revender o produto por um valor muito mais alto na dark web. Produtos limitados ou em épocas de liquidação como a Black Friday são grandes vítimas dessa modalidade de ataque. De acordo com o relatório sobre crimes cibernéticos, feito pela LexisNexis Risk Solutions e referente ao primeiro semestre de 2021, os volumes de ataques por bots cresceram 41% no Brasil.

Helder explica que “o Bot é um imitador do comportamento humano que, ao desempenhar a automatização de ações, acaba resultando no impedimento das compras reais, trazendo prejuízo ao consumidor e à reputação da empresa, sendo ela alvo de reclamações e contestações dos clientes legítimos”.

  1. Web Application

Por seu armazenamento ser na nuvem, ao sofrer um ciberataque, as aplicações web estão sujeitas à exposição e roubo de dados pessoais de usuários e interrupção nos serviços da organização. Os criminosos implantam um código malicioso nos sites reais dos e-commerces, especificamente na página de conclusão de compra para que, ao enviar os dados do cartão para finalizar a compra, estes sejam repassados para o atacante ao invés de serem processados no sistema da loja.

“Os ataques de Web Application são bem sucedidos pois são como uma réplica sobreposta na página original do site. O primeiro envio dos dados vai para o criminoso e o segundo para o e-commerce normalmente, ou seja, muito difícil de ser identificado pelo usuário”, aponta Helder.

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