2020: o ano da Edge Computing

Também conhecida como computação de borda, tecnologia será impulsionada com crescimento e adesão do 5G

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12:00 pm - 01 de abril de 2020

Pesquisas recentes realizadas por institutos renomados como Forrester e Gartner apontam que a tecnologia de Edge Computing terá um crescimento significativo nos próximos anos.

A estimativa é de que os serviços de nuvem aliados à edge cresçam 50% em 2020, sobretudo entre os provedores de cloud, companhias de telecomunicação e data centers.

Se você está se perguntando quais são os tipos de aplicações que mais usarão a tecnologia, listamos seis tendências para este ano:

1. Contribuição para a experiência do usuário

Segundo a Forrester, a experiência do usuário é a chave para a edge computing. Globalmente, 54% dos tomadores de decisão estão implementando a tecnologia porque acreditam que seu maior benefício é a flexibilidade para suportar demandas de Inteligência Artificial.

A IA e o Machine Learning são imprescindíveis para identificar o comportamento do usuário e promover otimizações que possam impactar positivamente na experiência que ele tem com o aplicativo.

2. Expansão do ecossistema em nuvem

A edge computing impulsiona a capacidade de processamento de dados, fazendo com que as aplicações funcionem de maneira mais rápida e eficiente. A tendência é que a tecnologia ganhe um fôlego maior em 2020.

Isso porque a variedade de produtos está crescendo e a Edge Computing, em processo de expansão, pode trazer uma série de vantagens competitivas a quem adotá-la.

3. Crescimento nas telecomunicações

A edge computing se tornou a maior área de interesse e investimento na indústria de telecomunicações, impulsionada pela necessidade de melhorar a experiência do usuário, bem como habilitar e dar suporte a novos modelos de negócios.

A expectativa é de que as companhias de telecomunicações representem grande parte do crescimento da edge computing em 2020, sobretudo em função da chegada da quinta geração de Internet móvel, a tecnologia 5G.

Com a cobertura do 5G, a hiperconectividade será beneficiada pela banda larga de alta capacidade, que também viabilizará a conexão de diversos dispositivos sem perda de qualidade do serviço.

A edge computing terá um papel fundamental para assegurar não somente o poder de conectividade. Questões como latência, disponibilidade e tempo de resposta também são otimizados por meio de sua implementação.

4. Aplicação de Blockchain em redes de edge

Numa definição básica, blockchain é uma tecnologia que consiste no registro de dados em um bloco protegido por criptografia e que se aplica a diversas atividades, tais como transações de criptomoedas e cadeia de suprimentos.

A edge computing permite que a comunicação entre um dispositivo e a rede de Blockchain aconteça com mais agilidade, sem os problemas de latência que a tecnologia enfrenta hoje em dia, dando suporte, assim, a novos tipos de aplicações baseadas em blockchain.

A necessidade de processamento mais rápido e eficiente será ainda maior nos próximos anos, pois o blockchain será usado para autenticar mais de 30% dos conteúdos em vídeo e notícias no mundo todo em 2023, por iniciativa de organizações e administração pública que têm em vista conter a disseminação de fake news.

5. Automação de tarefas que exigiam controle humano

A adoção de hyperautomation, que visa promover a automação de tarefas mais complexas que requerem controle humano, se destaca entre as principais tendências para 2020.

A aplicação do conceito abrange tanto o uso de tecnologias avançadas quanto o aprimoramento da automação mais convencional. A partir desse ano, será mais comum nos depararmos com atividades sendo executadas por meio de Inteligência Artificial e aprendizado de máquina.

Ao mesmo tempo em que há muita inovação por trás disso, as tecnologias avançadas trarão mais sofisticação e robustez a tarefas comuns, como monitoramento em tempo real e análise de dados.

Implantar a hiperautomação é um passo importante para a criação de espaços inteligentes e mais conectados. Nesse contexto, a edge computing viabiliza a prática ao fornecer escalabilidade, conectividade, processamento e latência mínima, além do baixo custo em relação a outros modelos computacionais.

6. Empoderamento da edge computing

Os recursos e as funcionalidades da Edge Computing estão se tornando cada vez mais aprimorados. De acordo com o Gartner, os dispositivos de edge complexos (veículos autônomos, robôs, drones, entre outros) estão influenciando diretamente nessa aceleração.

A expectativa é de que se tenha no mundo, até 2023, 20 vezes mais dispositivos inteligentes conectados à edge do que em funções de TI convencionais.

Com base nessas tendências, podemos afirmar que na era digital, os dados trazem desafios, mas também grandes oportunidades para a tomada de decisões, especialmente quando a prioridade é a experiência do cliente.

O Edge Computing será o diferencial competitivo fundamental na guerra da informação digital e decisivo para a continuidade e sucesso dos negócios. Sair na frente nesta nova era da computação será fundamental para quem busca se diferenciar e maximizar resultados com segurança. Certamente 2020 será o ano da Edge Computing no Brasil.

(*) Eliezer Silveira Filho é diretor de Marketing da Azion.

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