2018 marcará início da guerra de privacidade, prevê empresa de cibersegurança

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3:09 pm - 30 de novembro de 2017

A empresa global de cibersegurança Forcepoint anuncia seu Relatório de Previsões de Segurança para 2018, com orientações fornecidas por especialistas em segurança sobre as ameaças que as organizações enfrentarão nos próximos meses. As novas ameaças surgem em um ambiente altamente dinâmico e desafiador para os profissionais de segurança e criam a “tempestade perfeita” dos fatores influenciadores do debate em torno da privacidade.

Esta megatendência causará mudanças tectônicas no cenário da privacidade e influenciará a maneira como as organizações coletam e gerenciam dados. A Forcepoint acredita que o setor de segurança tem se concentrado nos pontos errados.

Os perímetros de segurança tradicionais estão se deteriorando ou se tornando obsoletos e, ao invés de focar na construção de barreiras maiores, o setor necessita de mais visibilidade. A compreensão de como, quando e por que as pessoas interagem com os dados críticos, independentemente de onde estejam localizadas, é crucial. Os dados críticos continuam a se mover para a nuvem, o malware está em constante evolução e, apesar dos crescentes investimentos em tecnologias de defesa, os controles de segurança tradicionais têm se mostrado ineficazes.

“No centro de nossas previsões enxergamos a forte necessidade de entender a interação  entre pessoas, dados críticos e a propriedade intelectual”, disse o Dr. Richard Ford, Chief Scientist da Forcepoint. “Ao colocar o cibercomportamento e a intenção no centro da segurança, a indústria tem a oportunidade de ser mais efetiva frente às mudanças significativas no ambiente de ameaças.”

Confira abaixo, quatro das previsões da empresa para o próximo ano:

1. A volta dos conflitos de privacidade

A percepção dos usuários em torno da privacidade mudou nos últimos anos, com uma constante erosão da linha entre o “pessoal” e o “público”. Existem tensões entre direitos individuais e a segurança geral, e fatores legais, tecnológicos, sociais e políticos estão se combinando para começar o que a Forcepoint chama de “guerras de privacidade”, que colocam os profissionais da tecnologia contra o cidadão comum e dividem a opinião no setor público, no trabalho e em casa.

Previsão: em 2018, teremos um inflamado, polarizado e amplo debate em torno da privacidade, não apenas entre governos, mas entre as pessoas comuns.

2. Agregadores de dados: uma mina de ouro esperando ser aproveitada

A violação da Equifax abalou a indústria de segurança e seu impacto total ainda não se desenrolou. A Forcepoint acredita que esta foi a primeira das muitas violações em aplicativos de negócios hospedados que contêm informações sobre forças de vendas, clientes atuais e potenciais, ou aqueles que gerenciam campanhas globais de marketing. Os cibercriminosos buscam o caminho de menor resistência, e se encontrarem um elo fraco em um sistema que contenha as “joias da coroa” dos dados pessoais, a exploração será inevitável.

Previsão: Um agregador de dados será violado em 2018 por meio de um método de ataque já conhecido.

3. A ascensão dos hacks das criptomoedas

Conforme as criptomoedas crescem em importância, inclusive sendo usadas como método lavagem de dinheiro pelo cibercrime, a Forcepoint prevê que os sistemas em torno dessas moedas estarão cada vez mais sob ataque. Esperamos ver uma quantidade crescente de malware visando as credenciais dos usuários de trocas de criptomoedas e os cibercriminosos dando visibilidade sobre as vulnerabilidades existentes em sistemas que dependem de tecnologias baseadas em blockchain.

Previsão: Os cibercriminosos atacarão vulnerabilidades em sistemas que implementam a tecnologia blockchain.

4. Ruptura das coisas: vai acontecer

A adoção em larga escala de dispositivos de internet das coisas (IoT) em ambientes voltados para consumidores e negócios, muitas vezes de fácil acesso e não monitorados, tornam-se um alvo atraente para os cibercriminosos que pretendem pedir resgate ou obter uma presença persistente e de longo prazo na rede.

Apesar de o ransomware dessas “coisas” conectadas ser algo possível, acreditamos que será pouco provável ocorrer no próximo ano. No entanto, uma nova ameaça que surgirá em 2018 é a ruptura das coisas. Conforme a IoT oferece acesso a possibilidades inovadoras e quantidades maciças de dados críticos, veremos ataques nesta área e também a integração de ataques do tipo MITM (Man-in-the-Middle).

Previsão: A IoT não será usada para pedidos de resgates, mas, em vez disso, se tornará alvo para ruptura em massa

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