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Gamificação: 3 vantagens de usá-lo no espaço de trabalho

Nos últimos anos, a gamificação assumiu um papel cada vez maior nas organizações. Essa dinâmica muito utilizada no e-Learning, nada mais é do que a integração de elementos de jogo para criar uma experiência de aprendizado altamente envolvente. Quando usada adequadamente, a gamificação pode incentivar os jogadores a aplicar esse aprendizado no trabalho, desafiando-os com situações da vida real em um ambiente controlado. Por isso, essa técnica vem sendo incorporada nas empresas.

No entanto, muitas pessoas ainda pensam na gamificação como um simples jogo aplicado ao trabalho, um “videogame no trabalho” que tenta criar motivação através de pontos e estrelinhas. E então, eles não acreditam na gamificação. Porém, não é somente disso que se trata. Apesar do nome potencialmente enganador, a gamificação não é simplesmente jogos criados para fins comerciais. Em vez disso, trata-se de expandir a implementação de uma experiência ou processo já existente no negócio, em vez de criar algo novo a partir do zero.

Para ficar ainda mais claro, gamificação é o uso de mecânica de jogo, elementos comportamentais e técnicas em contextos que não são de jogo. Isso envolve aplicar elementos-chave que impulsionam o envolvimento em jogos, como design, conquistas e competição. Se os gestores de uma empresa ainda conseguirem usar a técnica como um rastreador de aptidão para o trabalho, ela funciona muito bem, mudando mais do que o desempenho dos funcionários, mas também afetando positivamente a cultura da empresa para o novo, o não experimentado.

A gamificação pode definitivamente mudar o local de trabalho. E pensando nisso, Uranio Bonoldi professor da Fundação Dom Cabral separou três vantagens da aplicação dessa técnica, confira:

Envolvimento: estudos mostram que funcionários devidamente envolvidos com a empresa dobram as taxas de satisfação dos clientes. Por outro lado, as empresas afetadas pela falta de envolvimento dos funcionários sofrem. A gamificação permite que empresas que não possuem uma cultura de engajamento criem uma do zero e que aquelas com estruturas existentes melhorem consideravelmente. Com plataformas gamificadas, os funcionários podem acompanhar facilmente seu próprio progresso no trabalho, entender seus pontos fortes e fracos e ser direcionados para ações que os ajudarão a progredir e ter sucesso.

“Ao tornar visíveis objetivos, conquistas e referências, a gamificação cria compromisso e dedicação entre eles, transformando o trabalho em uma atividade divertida e envolvente. O reconhecimento que os funcionários obtêm por meio de mecanismos de feedback gamificados, como emblemas sociais e elogios, motivam os funcionários e os levam a ter um desempenho superior”, argumenta Uranio.

Alinhamento com os objetivos da empresa: a gamificação é uma ótima maneira de promover os comportamentos desejados dos funcionários que levam a objetivos organizacionais. É um ingrediente que se mistura entre funcionários e objetivos, juntamente com os valores organizacionais. “Quando adequadamente projetada e implementada, a gamificação aproveita as motivações do feedback, recompensas e realizações e inspira os funcionários a se tornarem cada vez melhores e alinhados aos valores da empresa”, enfatiza Bonoldi.

Medição de desempenho transparente: o funcionário consegue ver como ele está se saindo em comparação com seus colegas e em quais campos eles estão tendo um desempenho melhor ou pior do que eles. Isso gera uma sensação de justiça e clareza e no que devem focar no trabalho. Também permite que as empresas estabeleçam metas individualizadas, para que o que é esperado dos funcionários seja justo e realizável. “Em um mundo onde criatividade e tecnologia estão cada vez mais presentes, vale a pena inovar também no cenário interno corporativo. Procure implantar as técnicas que melhor se encaixam com a sua empresa, existem vários modelos de games que podem melhorar e muito o desempenho dos funcionários e trazer resultados positivos para a empresa. O importante é estar aberto a mudanças e buscar sempre a inovação”, finaliza Uranio.

*Por Uranio Bonoldi, professor em cursos de MBA na Fundação Dom Cabral, e é palestrante e escritor. A partir de sua longa experiência executiva em cargos de alta gestão, observou a dificuldade das pessoas em tomar decisões não só nos negócios, mas também na vida pessoal. Tal constatação levou-o a integrar sua experiência profissional a pesquisas e reflexões sobre liderança e processo de decision making. Na Fundação Dom Cabral ministra aulas para executivos sobre poder e tomada de decisão.

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