Inteligência artificial para a tomada de decisão no mundo dos negócios

IA aplicada à tomada de decisões entra em ação quando só ela é capaz de analisar tantos dados

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3:35 pm - 16 de maio de 2022
inteligência artificial

Para que as empresas se lancem e se destaquem no mercado é necessária uma série de tomadas de decisões. Elas vão desde os produtos ou serviços que serão fornecidos, passando pela forma de desenvolvimento e apresentação, e principalmente, pelo reconhecimento de seu público-alvo.

Invariavelmente, essas decisões são tomadas por seres humanos com base nos dados que possuem sobre o seu nicho. Os dados são – e sempre foram – a espinha dorsal no mundo dos negócios. Isso porque são a base para as tomadas de decisões de cada etapa do negócio.

Com o desenvolvimento da tecnologia, entretanto, os dados foram se tornando cada vez mais numerosos, chegando a ser impossível mensurá-los. Nasce, assim, um problema relevante para nós, seres humanos: como processar uma quantidade absurda de dados?

É dessa forma que a inteligência artificial aplicada à tomada de decisões entra em ação: somente ela é capaz de analisar!

Segundo a consultoria McKinsey, até 2030, aproximadamente 70% das empresas utilizarão pelo menos algum tipo de tecnologia de inteligência artificial; até lá, cerca da metade das grandes empresas terão a inteligência artificial incorporada completamente aos seus processos.

Estimativa menor não poderia ser levantada. Somente a adoção da inteligência artificial permite que as tomadas de decisões sejam mais rápidas, precisas, consistentes e, em alguns casos, automatizadas.

Isso implica em dizer que a produção econômica mundial vai ser fortemente aumentada. As previsões feitas pela consultoria citada trazem outras estimativas ainda mais positivas, como por exemplo, um aumento de cerca de US$13 trilhões para a economia mundial até 2030.

Para as empresas, adicionar inteligência artificial aos processos internos e fluxos de trabalho pode ser mais importante do que aumentar os lucros e as receitas – pois esses seriam consequências daquele.

Entretanto, quando ausente ou inadequado o emprego da tecnologia de inteligência artificial, o volume massivo de dados com os quais as empresas precisam lidar representa um risco potencial. A inteligência artificial deve, portanto, ser aplicada com técnica para que seja possível ampliar e enriquecer o suporte à tomada de decisões.

Coordenar a entrega de dados, analisar suas tendências, fornecer previsões, desenvolver consistência, quantificar incertezas, antecipar as necessidades de dados do usuário, fornecer informações de forma mais apropriada e sugerindo cursos de ação não são tarefas simples, mesmo quando utilizada tal tecnologia.

Por isso, existem três níveis em que a inteligência artificial pode ser constituída dentro do negócio para alcançar decisões mais rápidas, consistentes, adaptáveis e em escala. As diferenças estão nas técnicas analíticas utilizadas ao longo do processo. São elas:

  • Automação de decisão: o sistema toma a decisão usando análises prescritivas ou preditivas;
  • Aumento de decisão: o sistema recomenda uma decisão ou várias alternativas de decisões para o usuário, usando análises prescritivas ou preditivas.
  • Apoio à decisão: usuários tomam a decisão, suportados por análises descritivas, diagnosticadas ou preditivas.

Concluímos, assim, que a tomada de decisão não pode mais ser exercida apenas considerando o bom senso, a sensibilidade e as experiências dos tomadores de decisões das empresas. No mundo atual, as companhias devem utilizar (cada vez mais) as tecnologias disponíveis, especialmente a inteligência artificial para que consigam ser competitivas e se destaquem frente ao mercado.

*Rafael Mendonça é CTO na 4intelligence, startup de soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados

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