Yes, you can: cinco passos para aprender inglês sozinho

Especialista da EF English Live dá orientações para quem quer aproveitar o tempo de isolamento para evoluir no idioma

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2:51 pm - 02 de outubro de 2020
aprender inglês

Com o mundo cada vez mais globalizado, não há como negar que o inglês deixou de ser um diferencial e passou a ser pré-requisito. Falar um segundo idioma traz oportunidades não só no mercado de trabalho, mas também no dia a dia. Ou seja, aprender inglês — mesmo sozinho — é uma necessidade.

Com o isolamento social imposto pela pandemia, muitas pessoas estão aproveitando a quarentena para desenvolver o idioma. Só para ter uma ideia, durante o período, a EF English Live observou um aumento de 40% no número de alunos ativos, sendo que 50% deles apresentaram progresso nos níveis do inglês.

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Segundo Matheus Matos, analista de conteúdo da escola, não é incomum achar que o estudo da língua inglesa só acontece com a presença de professores em uma sala de aula tradicional. “A verdade, no entanto, é que é totalmente possível aprender inglês sozinho sem sair de casa se você souber quais etapas seguir e contar com a ajuda de um bom material didático. Estudos sobre gramática, ortografia e aquisição de vocabulário, por exemplo, são uma parte importantíssima na jornada de aprendizado e não são diferentes se você estiver estudando sozinho”, orienta.

A aplicação em situações práticas de conversação e leitura e em contexto sociais que você experiencia no dia a dia, no entanto, pode ser mais desafiadora. O especialista reuniu algumas dicas para passar pelo processo de aprendizado da língua sozinho. Confira abaixo:

1- Crie um plano de estudos

Segundo o analista, antes de colocar a mão na massa, é preciso planejar seus estudos com bastante cuidado, especialmente se a prioridade são os resultados rápidos. Para isso, uma das melhores maneiras de entender o nível de inglês é usar o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas (CERF), que divide os níveis de compreensão e expressão oral e escrita em três grupos diferentes. “Descobrir onde o seu conhecimento melhor se encaixa é importante para a identificação dos principais tópicos a serem estudados”, explica.

2 – Estabeleça uma rotina

Estudar inglês pode ser muito divertido e empolgante em alguns momentos. “Apesar disso, é bastante comum ver estudantes deixarem o idioma de lado em épocas mais atarefadas. Isso pode prejudicar o progresso e adiar a tão sonhada fluência”, alerta Matos. Por esse motivo, o especialista afirma que estudar inglês precisa se tornar um hábito. “A consistência garante progressos contínuos e visíveis, ajudando na motivação. O primeiro passo é definir um objetivo claro e levar em conta quanto tempo você tem disponível, qual objetivo pretende alcançar e em quanto tempo pretende atingir esse objetivo”, orienta.

3 – Aprendendo a ler em inglês

A habilidade de leitura em inglês é uma das primeiras etapas no processo de aprendizado do idioma. Os primeiros contatos com a língua normalmente se dão por meios textuais e é, portanto, a primeira aptidão a ser aperfeiçoada. Aqui vão algumas dicas preciosas do especialista para atingir resultados ainda mais rápidos:

Você não precisa de um dicionário para tudo

Embora seja uma maneira efetiva de aumentar o seu vocabulário, checar o dicionário não é a única. “Tentar descobrir o significado das palavras pelo contexto é uma boa alternativa. O exercício pode parecer bastante difícil à primeira vista e pode não funcionar para estudantes nos níveis mais básicos, mas fica cada vez mais fácil com o tempo. Com o aumento do seu vocabulário, esse processo de aprendizado fica tão automático que, muitas vezes, você se encontra em situações em que sabe o significado de palavras em inglês sem nem ao menos saber suas traduções para o português”, garante.

Aprender estruturas gramaticais é importante

Compreender as estruturas gramaticais da língua inglesa é um passo fundamental para desenvolver suas habilidades de leitura. “Estudantes no nível básico encontram muitas dificuldades nesse processo quando não aprendem como a língua inglesa é estruturada. Tente ficar confortável com o modo como as coisas funcionam no idioma antes de dar os próximos passos”, aconselha.

Tente ler coisas mais familiares para você

“Ler um livro em inglês que você já leu em português anteriormente é uma ótima maneira de treinar suas habilidades de leitura”, sugere Matos. Segundo ele, a familiaridade com a história e com os diálogos permite uma associação mais livre e abrangente entre as frases em inglês e seus respectivos significados. Isso ajuda não só na ampliação do seu vocabulário, mas também na familiarização com as estruturas gramaticais e o funcionamento da língua inglesa.

4 – Aprendizado é questão de listening

Para Matos, ouvir e compreender coisas faladas em inglês é um dos pontos que costumam ser os mais desafiadores para os estudantes. Alguns hábitos podem ajudar:

– Ouça músicas e assista a filmes e séries em inglês. “Você pode começar assistindo algo em inglês com legendas em português e, depois de ficar confortável o suficiente com a história, experimentar mudar as legendas para o inglês ou até mesmo desligá-las totalmente”, explica.

– Explore podcasts e vídeos no YouTube para praticar;

– Pratique com falantes nativos.

5 – Treinando sua conversação em inglês

Depois de passar pelo nível básico e intermediário, muitos estudantes encontram sua maior dificuldade no aprendizado do inglês: a conversação. Mesmo conseguindo entender muito bem lendo e ouvindo inglês, é comum não se sentir confortável para falar. Matos lista algumas sugestões:

Fale em inglês com você mesmo

O medo de se sentir envergonhado ao cometer erros impede a gente de dar os primeiros passos. “Para contornar essa questão, você pode tentar estabelecer diálogos consigo mesmo em momentos particulares. Tentar falar em voz alta sobre o seu dia, sobre as coisas que vai fazer ou sobre algo que assistiu são ótimos modos de praticar seu raciocínio durante a conversação”, indica.

Pratique a pronúncia das palavras que você tem mais dificuldade

Os fonemas da língua inglesa podem ser um trava-línguas para os brasileiros, além de não seguirem regras muito objetivas para suas pronúncias. Portanto, nada resta senão a prática e o contato constante com o idioma. “Usar ferramentas como o Google Translate, dicionários online como Cambridge ou Oxford, ou ainda o app complementar da escola, EF Mentor: Sounds, para descobrir a pronúncia correta da palavra pode ajudar”, indica.

Não se preocupe com o seu sotaque

Segundo Matos, o sotaque é grande fonte de preocupação dos estudantes dos níveis mais avançados, o que pode ser um grande impeditivo para a prática do idioma e para as últimas etapas da aprendizagem. “Sotaques fazem parte dos idiomas e devem ser levados com a mesma naturalidade que levamos as diferenças de pronúncia do português entre as regiões do país”, comenta.

Mude o idioma dos seus dispositivos

“Você provavelmente está em contato com o seu celular ou computador praticamente o dia todo. Que tal usar o tempo navegando nas redes sociais ou fazendo outras tarefas para praticar inglês passivamente?”, sugere. Segundo ele, ao mudar o idioma tanto dos dispositivos quanto dos aplicativos que usa para o inglês, você ganha a oportunidade de aumentar o seu vocabulário e se acostumar com a presença do idioma no cotidiano.

Evite traduções e legendas sempre que possível

As traduções e legendas em português são muletas que precisam ser abandonadas lentamente, principalmente se você já é um estudante no nível intermediário. “Tentar descobrir o significado das palavras apenas pelo contexto da situação ou com um dicionário em inglês pode ser bastante trabalhoso, mas traz ganhos significativos. Não deixe de tentar”, incentiva o analista.

Faça um English Day!

O English Day é uma atividade que algumas escolas e empresas adotam para incentivar a prática da conversação. “Que tal combinar com alguns amigos interessados em praticar o idioma para vocês conversarem exclusivamente em inglês por um dia? Nele, todas as mensagens, e-mails, conversas casuais e reuniões serão feitas totalmente em inglês. São 24 horas para todos se ajudarem a melhorar suas habilidades de conversação”, sugere.

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