Alta demanda aquece mercado para programadores

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11:37 am - 25 de novembro de 2019
programadores

Nunca o mundo precisou tanto de programadores quanto hoje. Um número cada vez maior de sites e aplicativos espalhados pela internet tornou este profissional desejado pelas mais diversas áreas e tipos de negócios. “A demanda vem crescendo ao longo dos últimos anos e não vejo essa demanda diminuir”, afirma Caio Arnaes, gerente sênior de recrutamento da Robert Half.

 

Além de questões como a automação de processos dentro das empresas e a dependência cada vez maior de sistemas integrados para gestão empresarial, a demanda também cresce pelo surgimento de empresas que dependem quase que exclusivamente de aplicativos. “Por ser uma área em expansão, há uma alta demanda por esses profissionais no mercado de trabalho, o que os tornam cada vez mais disputados e cobiçados”, conta Bianca Machado, gerente sênior da Catho.

 

Domingos Guimarães, co-fundador da Code For All, é da mesma opinião sobre o mercado aquecido para programadores: “Hoje, se colocarmos uma jangada no meio do oceano com 500 programadores, haverá empresas se mudando para essa jangada, porque o desespero dos RHs é muito grande”. A declaração foi dada em meio a um painel sobre educação durante o Forum Brasil Digital, que aconteceu no dia 21 de novembro. Segundo ele, o programador hoje tem status de rockstar, tamanha a procura.

 

Para além da abertura de vagas, há também a diversidade de empregadores que oferecem oportunidades para esse profissional, tais como grandes grupos, startups, fábricas de software, agências, estúdios de design gráfico e empresas de tecnologia em geral, entre outras.

 

 

As expectativas para a profissão são as melhores, garante Bianca. “Empresas projetam um aumento considerável de mão de obra nessa área e, ainda assim, estão diante da escassez de mão de obra qualificada. O ritmo acelerado das mudanças dificulta a atualização dos profissionais no mercado”, diz.

 

Programação é o novo inglês

 

Os profissionais que atuam como programadores, em geral, são formados em cursos de graduação como Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Ciência ou Engenharia da Computação, por exemplo. Mas não há uma regra. O que se sabe é que apenas um curso superior não garante o sucesso como programador, segundo Bianca. A área exige aprofundamento, por meio de cursos presenciais e onlines, livros, fóruns, dentre outros. Resumidamente, especialização é a palavra que norteia essa profissão.

 

Em linhas gerais, destaca Bianca (foto abaixo), uma das habilidades mais necessárias para esses profissionais é o domínio do inglês. Também é valorizado quem é inovador, curioso e atento às tendências da área. É necessário que esse profissional esteja atualizado quanto às diversas linguagens utilizadas nesse nicho, tais como Java, Phyton, Ruby, dentre outras.

 

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É importante ressaltar que, atualmente, profissionais de todas as idades e formações podem se dedicar à programação e tirar vantagem disso, até mesmo aqueles que não querem atuar como programadores. “Com a transformação digital, é natural que todas as áreas utilizem tecnologia. Portanto, dedicar-se ao estudo da programação será um diferencial para os profissionais de todas as áreas”, avisa Arnaes.

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“Assim como a fluência em inglês foi determinante na geração passada, a geração que está entrando no mercado agora deverá saber programação” alerta. Uma das principais habilidades desse profissional, aponta, é o raciocínio lógico. Segundo Arnaes, esses profissionais costumam achar soluções para os problemas de maneira bem criativa.

“Dedicar-se ao estudo da programação será um diferencial para os profissionais de todas as áreas”

Salário de R$ 16,5 mil

 

Os salários de programadores vêm crescendo ao longo dos últimos anos. A depender da área de atuação, Bianca diz que um programador em fase trainee pode iniciar a carreira com salários em torno de R$ 1,5 mil. Profissionais mais experientes, como o analista de programação Java, possuem média salarial em torno de R$ 7 mil.

 

De acordo com o Guia Salarial 2020 da Robert Half, por exemplo, o desenvolvedor classificado pela consultoria como “full stack sênior” vai passar de um salário médio de R$ 10 mil, em 2019, para R$ 10,5 mil, em 2020. O desenvolvedor full stack, vale explicar, é aquele que atua em várias partes do projeto (back-end, front-end, banco de dados). Para isso, usa tecnologias variadas e, dado seu conhecimento amplo, tem um salário mais gordo que os demais.

 

O Guia Salarial 2020 da Robert Half traz quatro faixas salariais (25%, 50%, 75% e 95%) e os critérios para determinar em que faixa o profissional se encontra podem variar em torno da experiência na função, tempo no segmento, porte da empresa, características setoriais, demanda e disponibilidade pelo perfil no mercado, habilidades e certificações extras, por exemplo. Na maior faixa (95%), o desenvolvedor “full stack sênior” chega a ter salário médio de R$ 16,5 mil, segundo o Guia. Confira abaixo a tabela completa*:

 

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*Fonte: Robert Half

 

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