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Trilha de 20 anos: do colocation à computação em nuvem

Não há o que discutir: a computação em nuvem veio para ficar. São muitas as corporações que se beneficiam dessa tecnologia, seja pela forma de contratação instantânea de recursos, pela elasticidade da infraestrutura, ou mesmo pelo pay-as-you-grow; características que tantos CIOs resumem na palavra “flexibilidade”. Flexibilidade esta de um modelo que cresce no mundo inteiro, tornando-se cada vez mais presente no dia a dia das companhias brasileiras.
Segundo  estudo da consultoria Frost&Sullivan, o mercado doméstico de computação em nuvem cresceu 40% nos últimos anos, representando hoje mais de R$ 328 milhões, com perspectivas de superar a marca de R$ 1 bilhão em 2017. Destaque para a curva de adoção das empresas de pequeno e médio portes, que encontraram uma forma extremamente competitiva para o atendimento das suas necessidades de negócio, com rapidez, custo acessível e possibilidade de usar soluções referência. Afinal, o modelo pressupõe a locação dos serviços. Isso, ao contrário da compra, é um significativo redutor da barreira de entrada para o consumo de tecnologia.
Quanto às de médio e grande portes, o que temos observado ao longo dos últimos 20 anos é que elas vêm externando suas atividades de TI. Vemos duas fases muito bem marcadas. A primeira, com a construção dos data centers no final da década de 90, quando foram entendidos rapidamente os benefícios da contratação de serviços de colocation e da terceirização das atividades relacionadas à gestão da infraestrutura: banco de baterias, grupo gerador, cabeamento e segurança no acesso físico. Alugava-se o espaço no data center, mas o processo de seleção, compra, instalação e operação dos equipamentos (servidores, storage, roteadores e switches) continuava sob a responsabilidade do departamento de TI.
O leque de serviços ofertados ampliou e, naturalmente, migraram a estrutura do colocation para o hosting. Nessa modalidade, os equipamentos eram comercializados pelos data centers na forma de contratos de leasing, com alguns serviços básicos embutidos. As organizações deixavam de ser donas dos ativos, passando a alugá-los, mas continuavam com a responsabilidade administrativa.
A tecnologia evolui, e quando isso se traduz em mais conveniência, tempo e flexibilidade para o cliente final, a combinação é explosiva. Surgiu então há alguns anos o que o mercado batizou de computação em nuvem. Nessa nova onda, são escolhidos prestadores especializados e é contratada a infraestrutura na forma de serviço (IaaS), terceirizando boa parte das atividades de operação do ambiente de produção, como backup, instalação de patches, monitoramento e supervisão de alarmes.
A computação em nuvem é, portanto, o estado da arte nas atividades de terceirização de infraestrutura. Ao adotá-la, passa-se a ter mais tempo para focar nas atividades essenciais do seu negócio. Para isso, é preciso delegar determinadas tarefas, colocando-as sob a guarda de especialistas brasileiros em computação em nuvem.
Esse movimento vem ao encontro da demanda crescente por uma participação mais estratégica do CIO no negócio. Porém, o mercado todo vai passar por esse ciclo. Da mesma forma que nas duas últimas décadas foram adotados o colocation e o hosting, a computação em nuvem é hoje a evolução natural do modelo de negócio no que tange à contratação de infraestrutura de TI.
* Mauricio Cascão é CEO da Mandic, empresa brasileira especialista em soluções corporativas de cloud

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