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SaaS, BaaS, FaaS… O que vem a seguir?


Como parte das ações que integram a transformação digital, grandes empresas buscam diminuir os gastos com infraestrutura migrando a que possuem localmente (on-premise) para aquela que é entendida como um serviço – realidade proporcionada pela computação em nuvem. Como consultor na área, é possível afirmar que esse processo elimina toda a ociosidade dos sistemas locais, que normalmente costuma ser de 30% a 50% da capacidade instalada. Mas a cloud computing que me refiro não é a mais comumente conhecida e adotada, embarcada em um servidor.

Uma nova tendência para otimizar ainda mais a base tecnológica, principalmente para empresas que possuem oscilação no uso – como é o caso de grandes redes de e-commerce e startups que precisam de escalabilidade global – é a adoção do serverless (sem servidor, em inglês). Em 2017, a novidade já tinha sido destacada em pesquisas do Gartner como uma das realidades a serem empregadas no segmento enterprise na próxima década. O futuro chegou mais rápido do que se esperava e hoje grandes organizações já adotam esse tipo de estrutura, como Snapchat, Netflix e Spotify.

A evolução da nuvem não é só a de Infrastructure as a Service (IaaS), mas Backend as a Service (BaaS) e Function as a Service (FaaS). Ao adotar esses dois últimos conceitos, conseguimos otimizar ao extremo a base tecnológica de empresas que estão em processo de escalabilidade e veem a demanda por recursos oscilar bastante.

Se sua empresa for iniciar hoje o desenvolvimento de uma solução nova, não há dúvida que o conceito serverless é a melhor alternativa, inclusive se ela não precisa de escalabilidade nem sofre variação de consumo. Dessa forma, o desenvolvimento sem servidor é mais rápido, já que os programadores só precisam focar em codificar sua solução, e não mais com infraestrutura.

Um ponto muito importante de ressaltar é que estamos falando de desenvolvimento serveless, mas entre a “antiga” virtualização on-premise e o serveless ainda existe um grande passo: o de migrar a infraestrutura virtualizada para a nuvem. Em seguida avançamos para automatização da gestão dessa infra virtualizada, ou seja, ao mesmo tempo que já temos novas tecnologias totalmente automatizadas 95% da infraestrutura das grandes empresas ainda estão virtualizadas on-premise.

Mas se a sua organização já desenvolveu o produto com tecnologia antiga, ela precisará ser redesenhada para possuir o conceito serverless. Ou seja: invariavelmente haverá, no futuro, um investimento de recursos financeiros e humanos que ficarão dedicados a refactory (refazer) sua solução com essa nova tecnologia.

 

 

(*) Henrique Augusto é CIO e cofundador da Qi Network

 

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