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Proteste quer redução de prazo para inclusão de controle eletrônico em carros do Brasil

A Proteste (Associação de Consumidores) enviou ofício ao Conselho Nacional de Trânsito (Contran) lamentando o extenso prazo fixado (até 2022) para tornar obrigatório o controle eletrônico de estabilidade nos carros brasileiros. “Pedimos a partir de 2017 porque o que está em jogo é a vida dos brasileiros”, destaca Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da entidade

De olho na redução de acidentes no trânsito, que atingiu 19,9 mortos por grupo de 100 mil habitantes no ano passado – quando a meta era reduzir para 11 óbitos para cada 100 mil pessoas – a Proteste promove a campanha Carro sob Controle. O objetivo é para que, até o final de 2017, todos os veículos produzidos no País já saiam de fábrica com o sistema eletrônico, em todas as versões e modelos comercializados.

A principal função do controle eletrônico de estabilidade é corrigir a trajetória do carro em situações de derrapagens e desvios emergenciais. O sistema age de forma invisível estabilizando o veículo em momentos de risco, recolocando-o em sua trajetória original. “Esse prazo é um absurdo, sabendo que os carros que hoje o Brasil produz para outros mercados já dispõem há bastante tempo dessa tecnologia”, salienta Maria Inês.

Só os carros equipados com o controle eletrônico de estabilidade obterão classificação máxima em segurança no Programa de Avaliação de Carros Novos para a América Latina e Caribe (Latin NCAP), já a partir de janeiro.

Em documento enviado ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) em dezembro, antes da decisão adiando a exigência do controle de estabilidade só a partir de 2020, o Latin NCAP e a Proteste destacavam que “por respeito ao consumidor brasileiro, as montadoras não deveriam discriminar os carros vendidos no País e aqueles vendidos na Europa ou na América do Norte, principalmente, no quesito segurança – a vida humana tem o mesmo valor, independentemente do país onde se reside”.

As entidades rebatem a indústria automobilística de que seria necessário entre cinco e sete anos para que o sistema equipasse todos os veículos. Hoje diversos modelos já dispõem do equipamento.

Para Maria Fernanda Rodriguez, presidente do Latin NCAP, não há justificativa para adiar o sistema com a alegação de que encareceria o veículo, já que o seu custo é de 50 dólares.

No mercado nacional, hoje o carro mais barato com controle de estabilidade é o Ford Ka Hatch na versão 1.0 SEL, que tem preço sugerido de R$ 45.590. Mas em geral, esse item começa a aparecer em carros na faixa dos R$ 70 mil, como o utilitário Jeep Renegade, que oferece o sistema como item de série desde a versão de entrada, de R$ 71.900.

O Honda Civic, por exemplo, que é o sedã médio mais vendido do país, só oferece o controle eletrônico a partir de sua versão intermediária, a LXR, de R$ 79.400. A associação do setor estima que hoje, o sistema de controle de estabilidade esteja presente em apenas de 5% a 10% dos veículos vendidos no Brasil.

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