Os novos tempos estão fortemente apoiados nas tecnologias digitais e promovem mudanças drásticas em todos os setores da sociedade. Especificamente no nicho da educação, entre outros impactos, nossa capacidade de prever as demandas que os futuros profissionais enfrentarão, se torna cada vez menos clara.
A descrição mais rápida acerca desse aspecto, trata da mudança de uma aprendizagem especializada, que se baseia principalmente em memorizar informações, procedimentos e técnicas. Ao contrário disso, é necessário priorizar a aprendizagem permanente, fundamentada na capacidade de enfrentar desafios inéditos, normalmente com a ajuda de trabalho em equipe. É necessário pensar em substituir o aprendizado passageiro por abordagens que priorizem a capacidade de aprender de forma contínua e ao longo de toda a vida.
Educar neste contexto, não está ficando mais simples, ao contrário, é cada vez mais complexo. Mediados por novas ferramentas (ciência de dados, ciência analítica de aprendizagem, etc) e fantásticos ambientes virtuais de aprendizagem (simulações, realidades múltiplas, metaverso, etc), os papéis da escola, dos educadores e dos estudantes, claramente, estão cada vez mais desafiadores.
Sobre nossa realidade social, atualmente, o desemprego no Brasil está em torno de 10%, correspondendo a 14 milhões de pessoas. O grande número de subutilizados também atingiu os 33 milhões, e pode ter um acréscimo de mais 6 milhões, daqueles que simplesmente desistiram de procurar empregos. Nesse cenário, parece inacreditável que haja um setor no qual não só há plena empregabilidade, como é evidente o enorme déficit de profissionais.
Formamos algo em torno de 45 mil profissionais por ano nessa área, insuficientes para atender as mais de 70 mil novas vagas criadas anualmente, em ritmo sempre acelerado. Além das áreas tradicionais de tecnologias de informação, os destaques das novas ofertas de emprego estão associados à migração exponencial para computação em nuvem e um leque de aplicações inéditas de inteligência artificial.
Junto desse panorama, ampliado pela chegada da tecnologia 5G, abrem-se oportunidades incríveis em ciência de dados, particularmente em tratamento e análise de dados, bem como em cibersegurança, demandando profissionais que há poucos anos eram em número mínimo e hoje – por mais que haja formação técnica nessas áreas – se mostram insuficientes.
Quanto às habilidades mais relevantes desejadas para os profissionais da área digital, os ehttps://itforum.com.br/wp-content/uploads/2018/07/shutterstock_528397474.webpsos desse setor sugerem, entre outras competências: capacidade de foco, habilidade para trabalhar em equipe, preparação para a aprendizagem permanente, familiaridade com novas linguagens e ferramentas de programação, domínio do método científico e do pensamento lógico e abstrato e, por fim, boa formação em matemática, português e inglês.
Para quem está pensando sobre o seu futuro profissional, há de se saber ler os sinais evidentes do presente, mas, fundamentalmente, ter a sensibilidade de perceber o que nos aguarda neste futuro que, de alguma forma, já está entre nós.
* Ronaldo Mota é diretor acadêmico do ITuring
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