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Ponto Frio aposta em Google Glass para enriquecer experiência do cliente

Imagine acessar informações sobre um produto, assistir vídeos demonstrativos, montar sua lista com itens desejados, receber sugestões e até mesmo solicitar a ajuda de um assistente enquanto passeia por uma loja, tudo isso por meio de um óculos interativo.

Levar a experiência interativa oferecida no ambiente de ecommerce para enriquecer o momento de compra do cliente no ponto de venda físico é proposta do Ponto Frio, que apresentou na sexta-feira (22/08), em São Paulo, um projeto baseado em Google Glass. “É uma ferramenta que vem para facilitar a interação entre os canais online e off-line, criando uma ponte e diminuindo gaps entre os mundos e permitindo oferecer uma experiência omnichannel”, pontuou o CIO do Ponto Frio, Júlio Baião.

Em parceria com a Accenture, as equipes de TI e marketing da varejista desenvolveram uma aplicação corporativa para os óculos inteligentes que utiliza funcionalidades nativas do Android, como leitura por meio de QR Code. O projeto, que levou dois meses para ser concluído, agora entra em fase teste em duas de suas lojas, no Morumbi Shopping (dias 22 e 23 de agosto) e no Shopping Ibirapuera (5 e 6 de setembro).

Assim, os clientes que visitarem as duas instalações poderão experimentar os recursos do dispositivo com 15 produtos de quatro linhas que, uma vez lidos através da tecnologia de QRCode, terão suas informações disponibilizadas na tela do gadget. Além disso, será possível solicitar ajuda de um assistente que conseguirá localizar o usuário, por meio de seis beacons instalados dentro da loja.
Segundo o diretor de marketing do Ponto Frio, André Gavioli, o que está em jogo dentro desse novo contexto omnichannel é oferecer formas do cliente interagir dentro no ambiente físico e de se conectar com os produtos, independente do dispositivo, que pode evoluir para outras formas além dos óculos.

E os impactos dessa experiência transformam a experiência dos dois lados, tanto para o consumidor, quanto para os varejistas. “Com dados em mão e a possibilidade de monitorar o que as pessoas querem é possível ser mais assertivo, conseguir expor da melhor maneira, atender melhor, ter melhores condição de pagamento. O atendente poderá saber de antemão quais produtos você está interessado e ser mais consultivo enquanto o cliente está na loja. E para o cliente, é saber que se ele não quiser comprar só online, se quiser tocar o produto, ter essa experiência, vai conseguir trazer toda aquela informação que encontra na loja online para o mundo da loja física”, comenta Gavioli.

Desenvolvimento

A interação entre TI e marketing foi fundamental para a criação de uma aplicação que fosse totalmente orientada para a experiência do consumidor, avaliam os líderes das duas áreas. Para tanto, foi montada uma equipe com seis pessoas do marketing, duas de TI e quatro profissionais da Accenture, todos dedicados para o trabalho durante dois meses.

A ideia é trazer sutilmente ferramentas que o consumidor consegue identificar e já está familiarizado (como o QR Code), fazer a integração com a marca de modo simplificada. As tecnologias em si, segundo os dois gestores, não representaram os grandes desafios do projeto, e sim a tradução da necessidade do cliente dentro loja. Por isso, tudo foi criado com base nos inputs do marketing sobre o comportamento do consumidor a partir das boas práticas do ecommerce e da loja física.

“A aplicação foi pensada para ser corporativa, portanto, com a possibilidade de ser integrada a sistemas de gestão, como o CRM, permitindo que essa experiência continue. Esse modelo permite incluir todos os produtos da loja no futuro e permitir outras funcionalidades, como a efetivação e conclusão de uma compra”, explicou o diretor da prática de estratégia digital da Accenture, Ricardo Chisman.

E a ação do projeto-piloto termina no ambiente social, quando os clientes que experimentarem a ferramenta dentro da loja poderão compartilhar suas experiências nas redes sociais. “Nosso público é ávido por inovação e tecnologia, e temos expectativa de grande aceitação da iniciativa. Queremos ouvir as observações e percepções do cliente com os óculos dentro da loja, pois eles são o termômetro, e é isso que vai guiar os próximos passos”.  

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