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PaaS impulsiona estratégia da SAP na nuvem

A palavra simplificação tem funcionado como uma espécie de mantra para a SAP à medida que a empresa concentra diversos esforços para impulsionar a adoção de seus serviços na nuvem. 

As receitas provenientes de cloud ultrapassaram um terço do que foi obtido com software convencional, segundo resultados divulgados sobre o terceiro trimestre, o que levou a companhia a fechar o período com receita em nuvem equivalente a US$ 353 milhões. A SAP hoje vivencia um ritmo de crescimento de 41% ano a ano em assinaturas de nuvem e a expectativa é de que as receitas desse negócio alcancem um total de US$ 1,32 bilhão em 2014.
Todos esses números, apresentados no início da semana pela fabricante, justificam os investimentos da companhia para ampliar e trazer melhorias em seu portfólio em torno da nuvem, seja por meio da plataforma in-memory Hana, Hana Enterprise Cloud ou Hana Cloud Platform (HCP) – esta que tem sido a estrela do SAP TechEd & d-code, evento destinado à comunidade de desenvolvedores realizado nesta semana em Las Vegas (EUA).
As novas funcionalidades apresentadas durante a conferência para sua oferta de plataforma como serviço baseado em padrões abertos traduzem, mais uma vez, a busca pela simplificação no desenvolvimento, entrega e implementação de aplicações de negócio. Como afirmou Steve Lucas, presidente de soluções de plataforma, a SAP quer tornar a HCP a melhor opção para seus clientes, parceiros ou qualquer profissional que deseja desenvolver aplicações ou extensões de soluções SAP para rodarem em nuvem ou on-premise.
“A Hana Cloud Platform é uma camada que unifica a estratégia da companhia em aplicações, network e plataforma, área que focamos nossas operações. Além disso, a empresa está promovendo uma mudança profunda em sua estratégia com foco na simplificação e em padrões abertos”, resumiu o executivo durante coletiva com a imprensa.
Para conseguir se diferenciar no mercado, dentre as diversas plataformas disponíveis, a companhia conta com algumas cartas na manga, como a integração com a plataforma on-memory e recursos com foco em analytics e mobile, além de uma rede global composta por 4,1 mil clientes,700 startups e 3 mil parceiros usuários de SAP Hana, conforme números apresentados pelo vice-presidente de Inovação em Tecnologia Björn Goerke. “Com a Hana Cloud Platform nossos clientes têm acesso a todos os serviços no ambiente da nuvem, conseguindo assim concentrar apenas na aplicação e no problema do negócio”, pontuou Gorke.
Inovação e parceira
Firmar-se também como uma empresa de plataforma como serviço (PaaS), contudo, é um longo caminho pela frente para a SAP, assim como a estratégia para impulsionar Hana e a migração para a nuvem, admitiu Steve Lucas. “Estamos em uma fase importante no desenvolvimento da estratégia de Hana, e o foco agora é explicar a importância da mudança para Hana aos nossos clientes”, acrescentou.
E a melhor forma de fazer isso, segundo ele, é mostrar os casos de sucesso da companhia nesse sentido – o que, por sinal, foram o destaque do keynote de abertura de Lucas no TechEd. Entre eles: aplicações desenvolvidas na HCP em big data, como o projeto do estado norte-americano de Indiana que permitiu a redução de mortalidade infantil com base na análise e cruzamento de dados de diversas fontes; e também projetos de Internet das Coisas, como a parceria com a Flextronics, empresa especializada em tecnologias de manufatura que tem utilizado os recursos de analytics da plataforma para analisar dados obtidos por sensores que medem nível de água, umidade e temperatura, permitindo avisar quando uma planta precisa receber água e a quantidade necessária.
Na lista de parceiros e exemplos de inovação, aparecem também projetos com Samsung, que permitiu a criação de aplicações de negócios que integram o ERP a smartwatches, possibilitando o envio de notificações push quando oportunidades de negócios são identificadas, além de iniciativas com diversos outros parceiros.
Outro grande elemento nessa estratégia é a parceria com a IBM para infraestutura como serviço (IaaS), anunciada recentemente pela companhia, e que permitirá rodar a plataforma de serviços gerenciados de nuvem privada e aplicações da SAP na infraestrutura da IBM. “Temos demandas significativas dos nossos clientes para levar suas aplicações de negócio para data centers gerenciados pela SAP, mas não conseguiríamos crescer rápido o suficiente para atendê-las. A IBM tem footprint global em data center o que torna muito fácil para nós escalarmos. E todo mundo confia na IBM”, comentou.
*A jornalista viajou a Las Vegas a convite da SAP

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