Orçamento apertado e falta de profissionais são barreiras para adoção de novas tecnologias
Orçamento apertado e falta de profissionais qualificados estão entre as principais dificuldades enfrentadas por empresas no Brasil para a adoção de novas tecnologias, de acordo com o Relatório de Tendências de TI 2014: A Nova TI, realizado pela SolarWinds e divulgada na quarta-feira (15/4).
Para o levantamento foram entrevistados 122 profissionais de TI que ocupam cargos de gerentes ou diretores no Brasil, em empresas de pequeno, médio e grande porte do setor público e privado. As pesquisas foram realizadas em campo, durante o mês de dezembro de 2014.
Mais da metade dos respondentes (61%) citaram as limitações do orçamento como a principal barreira da implantação de novas tecnologias, seguida pela incapacidade de provar o ROI (48%) e pela escassez de profissionais de TI qualificados para executar e/ou gerenciar a tecnologia (44%).
A grande maioria dos entrevistados (98%) concordou que a adoção de novas tecnologias é, no mínimo, “um pouco importante” para o sucesso da organização a longo prazo. Dentre eles, 51% classificaram essa adoção como algo “importante” e 30% classificaram as novas tecnologias como algo “extremamente importante” para as empresas.
Para o vice-presidente executivo de produtos e mercados da SolarWinds, Suaad Sait, os resultados da pesquisa destacam o papel vital que a TI desempenha atualmente nas corporações. “Capacitar o setor de TI para adotar e implementar novas tecnologias rapidamente deve ser prioridade para toda a organização”, afirmou. “Isso se torna mais importante à medida que avançamos para a era da nuvem híbrida. A nuvem oferece uma tremenda oportunidade para modernizar os negócios e reduzir custos. No entanto, como o estudo constata, duas em cada três organizações migraram menos de 25% de sua infraestrutura para a nuvem, e uma em cinco não migrou nada. A TI deve receber os recursos de que precisa para fazer essa transição. Caso contrário, as empresas podem sofrer impactos negativos.”
Outro ponto destacado pelo levantamento foram problemas de desempenho ou de disponibilidade de uma tecnologia essencial aos negócios: 85% dos entrevistados afirmaram que seus clientes finais enfrentaram essa situação nos últimos 12 meses, e 30% relataram que esses problemas ocorreram seis vezes ou mais.
Além disso, a pesquisa também mostrou que, embora para a maioria (66%) dos entrevistados o CIO das organizações desempenha um papel de facilitador para a adoção das novas tecnologias, um quarto dos respondentes também afirmou que vê tal executivo como uma barreira na implantação ou como alguém que não se envolve na adoção.
No quesito resultados esperados, 59% dos profissionais afirmou que a última tecnologia adotada levou mais tempo do que o previsto para começar a influenciar os negócios e/ou a eficiência do usuário final – 24% disseram que levou “muito mais tempo”. Além disso, menos da metade dos entrevistados (45%) afirmou que a adoção de uma nova tecnologia alcançou o retorno sobre o investimento no prazo projetado, e mais de um terço disse que levou mais tempo do que o esperado.